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quinta-feira, março 28, 2024

22º Festival Amazonas de Ópera com casa lotada

Obra será reapresentada neste domingo (28/4), às 19h

A 22ª edição do Festival Amazonas de Ópera (FAO) estreou com casa lotada, na última sexta-feira (26/4), com a apresentação de “Ernani”, de Giuseppe Verdi, em forma de concerto. A noite foi marcada por muitas novidades: a nova vinheta de abertura do Teatro Amazonas, o novo aviso sonoro de início dos espetáculos e o lançamento do aplicativo para audiodescrição da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). A programação do FAO continua neste sábado, às 9h30, com a estreia do projeto “Ópera Mirim”, na Casa Vhida; e no domingo, às 19h, com a reapresentação de “Ernani”, no Teatro Amazonas.

Realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da SEC, com patrocínio master do Bradesco, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura, o 22º FAO segue com apresentações de ópera, recitais e concertos até 30 de maio.

Antes do início do espetáculo de abertura do FAO, o secretário estadual de Cultura, Marcos Apolo Muniz, subiu ao palco para fazer uma homenagem ao servidor Raimundo Nonato Pereira do Nascimento, que ganhou uma placa na galeria do teatro, em agradecimento pelos 46 anos de dedicação ao templo da cultura amazonense.

Nonato também é o personagem principal da nova vinheta de abertura do Teatro Amazonas, produzida pelo departamento de Audiovisual da SEC, uma animação com orientações sobre o que é não permitido na hora do espetáculo e sobre segurança, conduzida pelo personagem “Nonatinho”, criado pelo ilustrador e cartunista Romahs Mascarenhas.

“Foi uma surpresa enorme pra mim, muito emocionante. Eu tenho uma relação de amor com o Teatro Amazonas, quero estar todos os dias nesse lugar, onde sou muito feliz e conheço pessoas maravilhosas. Isso aqui é a minha vida”, disse o homenageado.

Outra novidade da noite foi o aviso sonoro de início dos espetáculos, intitulado “Crispim do Amaral” e composto por Rui Carvalho, maestro, arranjador e diretor artístico da Amazonas Band. O tema musical se inspira no compositor Arvo Pärt, e na confluência dos rios Negro e Solimões, que correm lado a lado, como quintas paralelas até se fundirem num único, como expressa a pintura de Crispim do Amaral no Teatro Amazonas. A gravação foi realizada no palco do teatro, com os músicos da Amazonas Filarmônica e regência de Carvalho.

A noite ainda contou com o lançamento do aplicativo voltado para a audiodescrição dos espetáculos no Teatro Amazonas. O ADCultura.AM está inicialmente disponível para sistema operacional Android e em breve também será disponibilizado para iOS.

O secretário Marcos Apolo comemorou o sucesso de público na estreia e ressaltou a importância do FAO para o Estado. “Primeiro dia, casa lotada, a gente já sente que o público vai nos prestigiar nessa ampla programação até o dia 30 de maio”, disse. “O festival envolve artistas locais, nacionais e internacionais, o que movimenta a cultura e a economia por trás dos bastidores. A ópera já faz parte da cultura amazonense e é mola propulsora de talentos”, pontuou.

A ópera de estreia – Composição de Giuseppe Verdi, baseada na obra de Victor Hugo, “Ernani” foi apresentada em forma de concerto, em quatro partes, com o Coral do Amazonas e Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica, sob regência de Luiz Fernando Malheiro. Na Espanha do século 16, para vingar a morte de seu pai, o nobre Ernani torna-se chefe de um grupo de bandidos que planeja derrubar o rei. Mas, em meio às ações do bando, Ernani vive uma dramática história de amor com Elvira, moça nobre que está sendo obrigada a se casar com um velho aristocrata, Gomes de Silva.

Com três horas de duração e dois intervalos, a ópera conta no elenco com Enrique Bravo, tenor chileno radicado no Amazonas; com a mexicana Maria Katzarava (soprano), como Elvira; e os brasileiros Luiz-Ottavio Faria (baixo), como Don Ruy Gomes de Silva; Rodolfo Giugliani (barítono), como Don Carlo; Thalita Azevedo (mezzo-soprano), como Giovanna; Miquéias William (tenor), como Don Riccardo; e Emanuel Conde (baixo), como Jago.

Diretor artístico do FAO, o maestro Luiz Fernando Malheiro adiantou que “Ernani” faz parte de um projeto que visa apresentar mais óperas do compositor italiano. “Iniciamos há dois anos com ‘La Traviata’, agora temos ‘Ernani’ e ano que vem vamos iniciar uma parceria com o Festival Verdi de Parma, na Itália, que é um festival muito importante dedicado somente ao Giuseppe Verdi. Então, a gente vai começar essa parceria Manaus-Parma, baseada na obra dele”.

Público – Os espectadores, que lotaram a casa de ópera, aprovaram o espetáculo. Ivone Maria da Silva mora no litoral do Paraná e uma vez por ano vem a Manaus. Quando tem oportunidade, prestigia o FAO.

“Minha filha mora aqui, venho todos os anos a Manaus e, quando tenho oportunidade, eu acompanho o festival. Eu amo ópera. Ano passado eu assisti a quase todas”, disse. “Esse ano só vou conseguir assistir a ‘Ernani’. Queria ver ‘Tosca’ também, mas infelizmente vou embora antes”.

Arthemis Soares também é frequentadora do FAO. “Todos os anos eu venho e fico deslumbrada com o canto, com a interpretação, com a beleza do teatro, com a acústica e com as pessoas que aqui frequentam. É um momento muito especial!”, comentou. “A divulgação da arte clássica é muito importante para a população, principalmente esse ano, que vai até o interior. É muito importante chegar a todas as camadas da sociedade”.

Sobre o 22º FAO – Em 2019, o FAO celebra o centenário de nascimento de Claudio Santoro com a apresentação da ópera “Alma”, do compositor e maestro amazonense. Também estão na programação “Ernani”, de Giuseppe Verdi; “Maria Stuarda”, de Gaetano Donizetti; “Tosca”, de Giacomo Puccini; e “Mater Dolorosa”, baseada na cantata “Stabat Mater Dolorosa”, de Giovanni Pergolesi. Os ingressos para o FAO 2019 já estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e pelo site Bilheteria Digital (www.bilheteriadigital.com/teatroamazonas), com valores que vão de R$ 2,50 a R$ 60.

A programação do festival abrange ainda o Recital Bradesco, com canções compostas por Claudio Santoro; o projeto “Ópera Mirim”, que apresentará “L’enfant et les Sortilèges” (“O Menino e os Sortilégios”), de Maurice Ravel, feita com marionetes pelos artistas do Pequeno Teatro do Mundo; o encontro “Os Teatros de Ópera e a Economia Criativa na América Latina”, voltado para apresentar dados e casos de sucesso sobre a Indústria da Ópera na América Latina; o concerto do Dia das Mães; e Mulheres da Ópera.

Sobre o Bradesco Cultura – Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. O Banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros, além do Teatro Bradesco em São Paulo.

Em 2019, estão previstas diversas atrações como o espetáculo “OVO”, do Cirque du Soleil; os festivais de Parintins e Tiradentes; as festas juninas de São João do Caruaru e Campina Grande e o Natal do Bradesco, em Curitiba. Segue em cartaz “O Fantasma da Ópera”.

FOTO: Michael Dantas / SEC

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