Manaus/AM – Em recente relatório, a Organização Criança Segura Brasil alarmou o país ao divulgar que acidentes são a principal causa de morte entre crianças de 1 a 14 anos no Brasil. O estudo mostra que, anualmente, mais de 3.300 crianças perdem a vida e 112 mil são internadas em estado grave. Entre os trágicos eventos, a sufocação por brinquedos e intoxicações destacam-se.
Segundo Synésio Batista da Costa, presidente da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), a chave para a redução dessas estatísticas está na prevenção. Para ele, adotar precauções básicas pode evitar muitas fatalidades. “Os consumidores, ao adquirir brinquedos, devem conferir a existência do selo do Inmetro e do selo do organismo de certificação de produtos. Em caso de dúvidas, podem consultar a autenticidade do produto diretamente no site do Inmetro”, orienta.
Batista ressalta que todos os brinquedos, sejam nacionais ou importados, antes de serem comercializados, passam por rigorosos testes, abrangendo mais de 78 diferentes ensaios que englobam aspectos químicos, físicos e mecânicos.
A Abrac informou que os brinquedos são submetidos a testes que simulam situações reais, como quedas, além de exames toxicológicos e de inflamabilidade, a fim de garantir a máxima segurança ao consumidor jovem. “Ao atender todos os requisitos, o brinquedo recebe o Certificado de Conformidade, assegurando sua conformidade com a Norma Mercosul nº 300/2002”, esclarece o presidente da Abrac.
Camila Araújo, nutricionista e mãe de dois, chama a atenção para a responsabilidade parental. “Muitos acidentes acontecem pela distração dos pais. Crianças ficam muito empolgadas, e é nestes momentos que ocorrem os maiores perigos”, relata.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) destaca que todos os espaços infantis, inclusive playgrounds, devem seguir normas técnicas rigorosas, que abordam desde o piso até os equipamentos de brincadeiras.
Gabriel Reis Carvalho, especialista em direito do consumidor, lembra que, caso ocorra um acidente, todos os envolvidos na cadeia de consumo são responsáveis. “Fabricantes, importadores, distribuidores e, em alguns casos, até os comerciantes”, destaca.
A segurança dos produtos infantis é uma questão crucial que requer a atenção de todos: fabricantes, vendedores e, sobretudo, os pais. Conformidade com as normas e vigilância contínua são fundamentais para garantir um ambiente seguro para as crianças.
Fonte: Brasil 61