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Adoçante ou mel: avaliação de especialistas sobre riscos e benefícios para diabéticos

Segundo Dr. Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e especialista em genômica do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), a decisão entre utilizar adoçante ou mel para evitar o desenvolvimento de diabetes deve considerar múltiplos aspectos, incluindo o histórico de saúde do indivíduo, seu estilo de vida e preferências pessoais.

A escolha é complexa devido às diferentes maneiras como o corpo humano reage a adoçantes artificiais e ao mel. Enquanto o açúcar ativa centros de prazer no cérebro, incentivando potencialmente o consumo exagerado e aumentando o risco de diabetes, adoçantes artificiais podem reduzir a sensibilidade das papilas gustativas, incentivando, indiretamente, um maior consumo de doces para alcançar a satisfação desejada.

O mel, sendo um produto natural rico em frutose e glicose, aumenta os níveis de açúcar no sangue de forma mais moderada comparativamente ao açúcar refinado, mas ainda assim apresenta riscos para pessoas com predisposição à diabetes. Pesquisas genômicas revelam que variantes genéticas específicas podem intensificar a resposta glicêmica ao consumo de açúcares, elevando ainda mais o risco em certos indivíduos.

Para aqueles em risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2, a recomendação é a redução geral no consumo de adoçantes, favorecendo opções naturais e saudáveis, como frutas frescas e especiarias, além da importância de manter uma dieta equilibrada e realizar exercícios físicos regularmente.

Além disso, o especialista discute os impactos do consumo de mel e adoçantes artificiais em relação ao câncer. O mel pode aumentar o risco de câncer de estômago em pessoas com predisposição genética, mas também oferece antioxidantes e propriedades anti-inflamatórias benéficas. Em contrapartida, adoçantes artificiais foram vinculados a riscos de câncer de bexiga e podem desequilibrar a microbiota intestinal, influenciando o desenvolvimento de diabetes e obesidade, fatores de risco para diversos tipos de câncer.

A escolha entre adoçante e mel deve ser personalizada, levando em conta a saúde geral, estilo de vida, e preferências do indivíduo, destacando a importância de um consumo moderado para minimizar riscos à saúde.

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