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quinta-feira, março 28, 2024

Alunos da rede estadual representarão o Amazonas na final da Olimpíada Nacional em História do Brasil, em Campinas (SP)

Equipe da Escola Estadual Tiradentes é a única das 216 do estado a ir para a final

Três alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Tiradentes, localizada no bairro Petrópolis, zona sul de Manaus, representarão o Amazonas na grande final da 11ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), com apoio da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc-AM). O evento acontecerá nos dias 17 e 18 de agosto, em Campinas (SP). Os estudantes venceram outras 216 equipes, somente no estado, e se classificaram à finalíssima com o título de melhor grupo da região Norte.

A disputa iniciou em maio e, até a decisão, os alunos Pedro Henrique da Silva, Giovanna de Souza Martins e Larissa Milena Carvalho Costa, todos de 16 anos, tiveram de concluir seis etapas online – sendo a última delas uma correção de dez trabalhos de outras equipes do Brasil.

“Quando nos inscrevemos na ONHB, não imaginávamos que conseguiríamos chegar à final, pois é uma competição nacional. No entanto, à medida que íamos completando as fases, fomos ganhando mais confiança”, disse Larissa.

Para chegar à final, a única etapa presencial da disputa, os estudantes contaram com a orientação do professor de História, Favianni da Silva, e da universitária Beatriz Melo, integrante do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A dupla, juntamente com os alunos, marcará presença na decisão.

“A ONHB traz uma inovação no ensino porque, além de trabalhar com diversos temas, alguns até marginalizados, ela apresenta também outras maneiras de lecionar e estudar História. A competição serviu para mostrar pra eles um novo olhar sobre a disciplina, analisando-a não somente como algo do passado e, sim, uma reflexão do presente. Isso, sem dúvidas, foi o mais importante”, pontuou Beatriz.

De acordo com a diretora da E.E. Tiradentes, Rosa Cristina, a conquista da vaga marca uma nova fase para a unidade de ensino. “Com certeza é o pontapé inicial para novos feitos como esse. Esperamos que, cada vez mais, professores e alunos se inscrevam e participem de iniciativas como a ONHB”, reforçou Rosa.

Preparação – Foram longos três meses até o anúncio da classificação e, para carimbar o passaporte rumo a Campinas, Pedro Henrique, Giovanna e Larissa precisaram fazer alguns ajustes na rotina de estudos.

Além de prorrogarem o tempo de leitura e pesquisa em casa, os estudantes passaram a ir à escola em horários alternativos. “Muitas vezes, ficávamos depois da aula para discutir as questões da ONHB. Também passei a estudar mais pela parte da noite, que é quando meu cérebro funciona melhor (risos)”, divertiu-se Giovanna.

Agora, o trio de alunos volta a sua atenção para a grande final, que acontecerá no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Na última etapa, eles terão 3 horas para trabalhar com uma redação e análise de imagens, portanto vamos treinar bastante isso. Esse momento é muito importante, pois vamos ver no que resultaram esses meses de disputa da ONHB”, destacou Beatriz.

Segundo as estudantes Larissa e Giovanna, as expectativas para a decisão são as melhores possíveis. “Vamos estudar e nos preparar bastante para representarmos bem o Amazonas na final. Independentemente do resultado, já estamos muito orgulhosos de onde chegamos”, finalizou Larissa.

Sobre a ONHB – A Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) é um projeto de extensão da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolvido pelo Departamento de História. Em suas dez edições, a ONHB se firmou como uma empolgante competição para equipes de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de todo o Brasil, trazendo uma proposta inovadora de estudo que aborda temas fundamentais a partir de documentos históricos, imagens, mapas, textos acadêmicos, pesquisas inéditas e debates historiográficos.

Além de medalhas e certificados, o primeiro lugar na ONHB garantirá vaga num curso de História da Unicamp.

FOTO: Cleudilon Passarinho/Seduc-AM

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