O sistema de monitoramento Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelou uma queda de 22,3% no desmatamento da Amazônia para o período de agosto de 2022 a julho de 2023, marcando a taxa mais baixa desde 2019. A área desmatada foi de 9.001 km², uma redução expressiva comparada ao período anterior.
Este resultado reflete os primeiros cinco meses da administração anterior e sete meses da gestão atual, com uma reversão da tendência de desmatamento observada desde janeiro de 2023. O sistema Prodes, que analisa desmatamento por corte raso e degradação progressiva, emprega imagens de satélite de alta precisão para fornecer dados anuais sobre a extensão do desmate na região.
A redução do desmatamento foi atribuída à intensificação das ações de comando e controle. O Ibama reportou um aumento de 104% nos autos de infração por infrações contra a flora, além de um aumento nas apreensões, embargos e destruição de equipamentos utilizados na atividade ilegal. Unidades de Conservação também viram uma diminuição significativa no desmatamento, acompanhada de um aumento nos autos de infração pelo ICMBio.
A retomada e atualização do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho deste ano trouxe novas diretrizes para as políticas ambientais. O plano contempla ações em eixos estratégicos, como atividades produtivas sustentáveis, monitoramento e controle, ordenamento territorial e fundiário e instrumentos financeiros e normativos.
O relançamento do Fundo Amazônia, novas doações internacionais e a implementação de programas de incentivo à agricultura de baixo carbono são algumas das iniciativas chave destacadas. Além disso, foram tomadas medidas contra o garimpo ilegal e para o fortalecimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
A redução do desmatamento também contribuiu para a prevenção da emissão de 133 milhões de toneladas de CO2e, destacando o papel do Brasil na luta contra as mudanças climáticas. A comissão coordenada pela Casa Civil, que inclui a participação de 19 ministérios, sublinha o compromisso do governo com a preservação da Amazônia e o desenvolvimento sustentável.