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quinta-feira, março 28, 2024

Bando especializado em esquema criminoso de compra e venda de terrenos baldios em Manaus é preso

As equipes de investigação da 5ª Seccional Centro-Sul e 12° Distrito Integrado de Polícia (DIP), deflagrou ao longo de quarta-feira (20/3), a operação “Orbis”, que resultou nas prisões de 12 indivíduos, integrantes de uma organização criminosa especializada em esquema criminoso de compra e venda de terrenos baldios na capital. Os infratores foram presos pelos policiais civis em bairros distintos da capital, em cumprimento a mandados de prisão preventiva por estelionato.

Na manhã desta quinta-feira (21/3), foram apresentados Aládio Magalhães da Silva, 61, conhecido como “Velhinho”; Aldo Cézar da Costa Almeida, 43; Andreia Souza Araújo, 23; Antônio Gilmar Leão Delgado, 54; Débora Ferreira da Silva, 35; Fábio Júnior de Sousa Lima, 30; Giguilane Fernandes Ribeiro, 30, conhecida como “Rebeca”; Janaína de Souza Barão, 30; Maria Neuda de Sousa Lima, 41; Oyama Benaion Batista de Souza, 53; Rafaela Batista Guerreiro, 30, e Sandra Zelia de Jesus de Souza Lima, 43.

A ação foi coordenada pelos delegados Rafael Allemand e Raul Augusto Neto, titulares, respectivamente, da 5ª Seccional Centro-Sul e 12° DIP. Eles comentaram sobre o caso durante a coletiva. De acordo com o titular da 5ª Seccional Centro-Sul, as investigações iniciaram após um homem de 43 anos procurar a unidade policial em fevereiro deste ano, informando que havia comprado, por R$ 50 mil, em um site de compra e venda, um terreno situado no Conjunto Águas Claras, bairro Cidade Nova, zona norte da capital.

“A vítima percebeu que caiu em um golpe quando foi até o terreno e começou a arrumar o local. Naquela mesma época, o verdadeiro dono do lugar descobriu e relatou que pertencia a ele. Iniciamos as diligências e constatamos que o grupo anunciava terrenos que já estavam à venda e colocavam em sites. Eles falsificavam todos os documentos necessários e passavam para as vítimas, que se interessavam pelos terrenos. No momento da negociação, os infratores comunicavam que o dinheiro deveria ser repassado integralmente, à vista. Após o pagamento, os infratores sumiam com o dinheiro das vítimas”, explicou Allemand.

Conforme o delegado Raul Augusto Neto, durante os trabalhos, os policiais civis identificaram todos os integrantes da organização criminosa e representaram à Justiça o pedido de prisão preventiva em nome deles. As ordens judiciais foram imediatamente expedidas pela juíza Anagali Marcon Bertazzo, da 6ª Vara Criminal. Os policiais civis verificaram que Fábio é o líder do grupo e determinava as funções dos demais integrantes.

“Ao longo de quarta-feira (20/3), em posse dos mandados, realizamos diligências na capital até prendermos todo o bando. Apreendemos com eles diversos documentos públicos falsificados, 14 aparelhos celulares e um tablet, utilizados para entrar em contato com as vítimas. Encontramos também muitos chips que eles trocavam frequentemente para não serem localizados, tanto pelas vítimas quanto pela polícia”, disse Neto.

Indiciamento – Todos os integrantes do grupo criminoso foram indiciados por estelionato, organização criminosa, falsificação de documentos públicos e uso de documento falso. Ao término dos procedimentos cabíveis na unidade policial, Antônio, Fábio, Giguilane e Oyama serão levados ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM). Já Andreia será conduzida ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF). Rafael Allemand destacou que os outros sete irão cumprir medidas cautelares, determinadas pela juíza Anagali Marcon Bertazzo.

Agradecimento – Um das vítimas, Renato Alves, 43, compareceu durante a coletiva de imprensa e agradeceu o trabalho das equipes da 5ª Seccional Centro-Sul e 12° DIP. “A Polícia Civil agiu prontamente e me deu todo o suporte desde que formalizei a ocorrência. Por isso, só posso agradecer o trabalho das equipes. Gostaria de deixar apenas um alerta: sempre verificar a procedência dos documentos para não cair em golpes assim, como eu caí. Caso você seja enganado, procure de imediato a delegacia”, argumentou.

FOTO: Erlon Rodrigues / Assessoria de Imprensa da Polícia Civil do Estado do Amazonas.

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