BRASÍLIA – O inverno deste ano rompeu padrões climáticos e surpreendeu a população brasileira com recordes de altas temperaturas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 2023 teve o inverno mais quente das últimas seis décadas.
Este cenário resultou em uma corrida às lojas em busca de alívio. As vendas de ar-condicionado cresceram impressionantes 46% em relação ao ano anterior, de acordo com dados de uma pesquisa realizada pelo Itaú Unibanco, que também revelou um aumento de 35% nos gastos totais com esses produtos, quando comparado com 2022. O estudo foi baseado em compras realizadas via cartão de crédito ou Pix.
Maria Alice Coutinho, advogada residente em Independência, no Ceará, uma das zonas mais quentes do Brasil, destaca o impacto positivo da sua recente aquisição: “Agora consigo manter a qualidade do sono e ter noites realmente relaxantes. Foi um investimento valioso.”
Causas do aumento de temperatura
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou os últimos três meses como os mais quentes já registrados. Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, aponta o fenômeno El Niño como principal responsável.
“Altas temperaturas foram observadas em quase todas as regiões do Brasil. Com a chegada da primavera, conhecida por suas elevadas temperaturas e chuvas esporádicas, o cenário tende a continuar, principalmente devido ao El Niño, fazendo com que o uso de ventiladores e ar-condicionados seja quase indispensável”, afirma Ramos.
Gerações e a demanda por conforto
A pesquisa ainda revelou um detalhe interessante: 38% das vendas e serviços de manutenção em aparelhos de ar-condicionado foram realizadas pela geração X (43 a 58 anos). Por outro lado, 36% foram por conta da geração Y (27 a 41 anos).
Gabrielle Boaventura, servidora pública de Brasília e pertencente à geração Y, ressalta a importância do ar-condicionado em sua rotina: “Tivemos que chamar um técnico para manutenção, pois o calor intenso fez o aparelho trabalhar mais do que o normal. Manter um ambiente fresco é essencial para nossa qualidade de vida.”
Fonte: Brasil 61