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sexta-feira, março 29, 2024

Ciberataque mobiliza curso para profissionais e estudantes em Manaus

O Brasil é o segundo país a sofrer mais ciberataques no mundo, segundo os dados do Relatório Norton Cyber Security Insights, o equivalente a um prejuízo de R$ 22 bilhões no ano passado. Aproximadamente 62 milhões de pessoas no Brasil foram vítimas de crimes cibernéticos em 2017, o que corresponde a 60% da população conectada no País. Os millennials são os mais atacados, conforme informações divulgadas pelo relatório, por ocasião do Dia da Internet Segura, no último dia 06.

Para o professor Adonel Bezerra, especialista em Cyber Security e fundador do Clube do Hacker, esse é um reflexo do aumento do uso de smartphones no Brasil e das iniciativas de pequenos e médios empreendedores que, por não terem conhecimento, investirem em segurança da informação e operarem sem prevenção via celular, acabam tornando-se peças vulneráveis à ação de criminosos.

“Segurança é um processo, não é um roteiro que você aplica uma vez e pronto. É preciso estar sempre atento porque todos os dias existem novas modalidades de ataque. No âmbito pessoal, as redes sociais são uma isca para o criminoso: é preciso saber fazer bom uso dela”, explica.

O tema será apresentado a profissionais e estudantes da área no próximo dia 24 em Manaus, durante o 8º Encontro de Associados do Clube do Hacker (Enach), que acontecerá de 8h às 17h, na faculdade DeVry Martha Falcão.

O objetivo é preparar os acadêmicos de T.I, bem como a comunidade e profissional de informática da região para o mercado de trabalho. “Hoje o profissional de segurança da informação é um dos mais valorizados desse segmento”, explica Bezerra, que vai falar sobre “Sequestro de identidade e Software Livre”, abordando também Kali Linux. e suas

Na programação estão previstos ainda palestras palestra sobre “Mineração de BitCoin – Como ganhar dinheiro”, com o perito em computação e especialista em infraestrutura, Fábio Luz; e “Teste de invasão”, com o mestre em sistemas da Informação, Marcos Flávio Assunção.

Ataques

O meio mais utilizado por hackers para aplicar golpes cibernéticos, segundo o relatório Norton Cyber Security Insights, é o WhatsApp: 44 milhões de casos foram identificados no aplicativo entre outubro e dezembro 2017. Esse tipo de abordagem via aplicativo de mensagem representa 67,3% do total. A publicidade suspeita é o segundo tipo mais utilizado (9,8%), seguido por phishing bancário (6,9%), phishing de serviços falsos (4,2%) e notícias e SMS falsos (4%). O relatório prevê que, para este ano, cresça o número de golpes bancários via aplicativo de troca de mensagens.

No Brasil, existem atualmente 236 milhões de aparelhos ou 113,52 para cada 100 habitantes, ou seja, há mais de um aparelho por habitante. “Dependendo da minha estratégia de negócio, eu faço check-in no local onde estou, mas não quando chego e, sim, na hora que estou saindo. Você pode ser um alvo identificado virtualmente e que pode virar físico seja porque tem dinheiro no banco ou algo de valor; assim como pode ter seu nome e/ou informações sequestradas. Ciberataque é a tentativa de invadir sistemas ou aparelhos para apropriar-se de informações e são motivados por dois possíveis fatores: financeiro e o desejo de apagar informações existentes”, afirma Bezerra.

Ainda de acordo como especialista, o ideal é fazer o bom uso das redes sociais; ser sempre proativo e não reativo. “E o agravante é que talvez as informações que dispuserem sobre você não sejam usadas agora, mas em um momento oportuno, quando ela passar a valer dinheiro, uma prática de extorsão”, alerta.

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