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quinta-feira, março 28, 2024

Consumidores apontam aumento no preço do Tucumã em Manaus

Manaus – Consumidores apontam que o preço do quilo do tucumã sofreu um aumento de mais de 100% em Manaus. Vendido por R$ 40 há cerca de dois meses, agora o fruto é encontrado por até R$ 100. As informações foram divulgadas pelo site G1 Amazonas.

De acordo com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea-AM), Muni Lourenço,  a queda na oferta e fornecimento do tucumã para a capital tem afetado os preços. A previsão é que os preços voltem ao normal a partir do final de outubro.

Lourenço explicou que mais de 20 municípios do estado fornecem o tucumã para a capital. No primeiro semestre do ano, o fruto é encontrado em abundância, mas acaba caindo no segundo semestre.

“É importante ressaltar que, já há algum tempo, se verifica uma tendência de demanda maior do que a oferta do tucumã para o mercado consumidor. Historicamente, setembro e outubro são meses em que há redução da oferta e fornecimento de tucumã”, disse.

O período de seca também contribui para o problema, já que grande parte do tucumã é transportado pelos rios.

“No segundo semestre, esse fornecimento tem preponderância de município localizados na calha do Rio Solimões, e, nesse momento de águas baixas, tem problema de navegabilidade”, conta.

Pelo acompanhamento do que ocorreu em anos anteriores, segundo Lourenço, é considerado que o preço do tucumã volte ao normal a partir do final de outubro, com normalização do fornecimento, oferta e preços para consumidores.

Falta de tecnologia
A produção do tucumã no Amazonas é originária do extrativismo, ou seja, ele é apenas coletado dos pontos onde já existem as árvores. Conforme o presidente da Faea, o estado ainda não trabalha com cultivo racional do fruto por falta de tecnologia.

“Ainda há uma carência de informações tecnológicas que possam dar segurança para o produtor rural, em termos de tecnologia, de informações sobre adubação, espaçamento, entre outros, para que haja esse plantio. Basicamente, esse fornecimento vem da coleta, do extrativismo”, contou.

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