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quinta-feira, março 28, 2024

Consumidores devem estar atentos a margem de desconto durante a Black Friday

Especialistas apontam que, a compra durante a Black Friday somente é compensadora se a promoção ou desconto for de 40%, similares às de liquidação de estoque. Isto porque, produtos considerados mais vendidos no ano passado tiveram esse percentual de abatimento. Além disso, o conceito original desta data de impulsionamento da economia em nível mundial é baseado no volume de vendas.

No entanto, se o item for de extrema necessidade, a obtenção de 10% de desconto já pode ser considerada como vantagem para o consumidor. Na faixa de 20% a 25% é o ideal para os demais produtos.

No Brasil, a Black Friday completa 10 anos com uma perspectiva inédita: este ano será a primeira vez em que o número de compradores em lojas físicas deve se igualar ao on-line, de acordo com tendência mapeada por pesquisa realizada pelo Google em parceria com a consultoria Provokers.

A pesquisa aponta que a intenção de compra exclusivamente pela internet durante a Black Friday caiu de 52% em 2018 para 38% em 2019, enquanto a parcela de compradores que pretende aproveitar os descontos somente em lojas físicas passou de 41% para 37%.

A data é a única ação comercial que cresce mais de dois dígitos anualmente, segundo dados do EBIT, indicador de reputação de lojas virtuais, e costuma ser impulsionada pela primeira parcela do 13º salário. Este ano, esse o impulso extra contará ainda com a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Diante desse cenário, economistas recomendam não agir por impulso na hora da compra ou fazê-las sob aspectos emocionais, uma vez que o ideal é que haja um planejamento para não comprometer rendas extras que podem ajudar com gastos de início de ano com compras que não agreguem valor às reais necessidades do consumidor.

“Primeiramente o consumidor deve pesquisar bem e checar se o valor vale que está sendo anunciado vale a pena. Nesse sentido, a Internet é um facilitador. Porque, se a diferença for pouco abaixo do preço comum, você pode se programar para comprar com folga no orçamento, sem se deixar levar pelo impulso da data”, explica o presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Francisco de Assis Mourão Jr.

Ele lembra ainda que os gastos com Natal, com ceia e presentes para família, além dos custos de início de ano como matrícula, material escolar, IPVA, IPTU, entre outros, podem ser minimizados com planejamento e aí entra a compra somente dentro do que está previsto na folga do orçamento.

“Tem que colocar tudo no papel: a renda, quais são os gastos fixos, para poder identificar quanto de brecha para compras seu salário permite. Importante ressaltar que cheque especial e cartão são para emergência e compra de longo prazo, não pode ser usado como um complemento do salário”, disse Mourão Jr. Ele indica ainda a utilização de aplicativos para ajudar no controle financeiro diário. “Com esse controle, você determina qual a porcentagem que você pode ocupar para poupar e realizar o seu sonho”, completou.

Confira as dicas listadas pelos economistas do Corecon-AM para auxiliar os consumidores a fazerem as compras da melhor forma nesta época:

1 – Pesquisar bem e com antecedência

Apesar da pesquisa ser o primeiro princípio para quem quer comprar algo fora dos gastos usuais, durante a Black Friday o cuidado deve ser redobrado. Os preços podem variar bastante entre as lojas físicas e e-commerces. Além disso, a prática evita que você acabe caindo no conto do “metade do dobro”, quando as empresas aumentam o preço do produto antes para, no dia da promoção, anunciar como desconto o valor do preço normal.

2 – Fique atento às formas de pagamento

Para os consumidores que pretendem pagar à vista, boa parte das lojas físicas e online concedem descontos extras (5 a 12%) para pagamento em dinheiro ou no boleto, então vale a pena pechinchar e tentar os melhores preços.

3 – Conheça o Código de Defesa do Consumidor

O que muitas pessoas não sabem é que, apesar das ofertas, os direitos são os mesmos em relação aos produtos comprados na Black Friday ou em outra época do ano, seja nas lojas físicas, seja no e-commerce, ou produtos de mostruário. Por isso, em caso de violação, é importante que o consumidor saiba o que é direito dele.

4 – Prefira lojas e sites confiáveis

Isso evita a dor de cabeça de pagar por um item diferente do que você comprou, que possa vir com defeito ou que simplesmente não chega até a sua casa. Mesmo que o valor seja um pouco mais elevado em uma loja maior, ela é mais segura e você tem mais garantias de que poderá usar seus produtos.

Foto: Divulgação

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