A Defensoria Pública Especializada na Promoção e Defesa dos Direitos Relacionados à Saúde reuniu na manhã desta terça-feira, dia 31 de outubro, servidores da Fundação Rio Solimões (Unisol), cujos salários estão atrasados há cinco meses.
Em conversa com o defensor público estadual, Arlindo Gonçalves, os servidores, que atuam especialmente na área de nefrologia, disseram que o atraso vem sendo justificado pela direção da fundação por conta do não repasse dos valores do convênio pela Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam). Eles disseram já ter ido à Susam, mas a promessa de solução com o repasse do convênio não veio até agora.
“Somos poucos aqui nessa reunião porque mal temos como nos deslocar para ir ao trabalho”, disse um funcionário, que preferiu não se identificar. Segundo ele, em solidariedade aos pacientes e com medo de serem mais prejudicados, continuam indo trabalhar. “Estamos com contas atrasadas e devendo dinheiro emprestado que não temos como pagar”, afirmou. No total, segundo ele, são mais de 40 funcionários que atendem os hospitais Getúlio Vargas, Francisca Mendes e 28 de Agosto e estão nessa situação.
O defensor Arlindo Gonçalves informou que ter oficiado a Susam a respeito do problema e, provavelmente na próxima semana, terá reunião com os representantes da Susam, Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Unisol para discutir uma solução para esta questão.
Como trata-se de pagamento de salário a terceirizado com contrato com o Estado, a Defensoria Pública pode obrigá-lo a pagar fazendo o bloqueio de verbas da área da saúde, mas o defensor explica não querer lançar mão dessa medida, por isso vai conversar com os dirigentes, esperando uma solução negociada.