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quinta-feira, março 28, 2024

Depoimentos de presos sobre massacre em prisões do Amazonas são interrompidos

Manaus – Por conta da pandemia do novo coronavírus, a Polícia Civil do Amazonas informou que as investigações em torno das mortes que ocorreram dentro de presídios do Estado em 2019 foram paralisadas. Cerca de 200 presos ainda faltam ser ouvidos.

De acordo com informações do delegado Rodrigo Azevedo, que integra o grupo que investiga o massacre, os Inquéritos Policiais (IPs) foram instaurados em agosto de 2019, entretanto as diligências em torno do caso começaram logo após o massacre. Azevedo informou que as oitavas foram interrompidas.

O delegado destacou que, até o momento, foram ouvidas mais de 180 detentos, mas não é possível dizer um número exato de detentos que deverão ser ouvidos após a pandemia, pois durante os trabalhos de oitiva, outros nomes podem surgir ao longo das investigações. Ainda não há previsão para retomada dos depoimentos.

Informações sobre o massacre/2019

Uma disputa entre integrantes de uma mesma facção causou a morte de 55 detentos de quatro presídios em Manaus. Os crimes foram cometidos entre domingo (26) e segunda-feira (27), de maio de 2019. A maioria dos mortos estava no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), cerca de 25 no total.

No Compaj foram 19 mortos, já na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) outros seis. O Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1) registros cinco mortos.

Os primeiros assassinatos ocorreram no Compaj – o mesmo local do massacre de 2017 – durante a visitação a presos. Uma briga nos pavilhões 3 e 5 deixou 15 mortos. As vítimas foram asfixiadas ou perfuradas com escovas de dentes, que haviam sido transformadas em objetos cortantes. Familiares presenciaram algumas das mortes, mas, segundo a Seap, não foram feitos reféns.

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