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quinta-feira, março 28, 2024

Dia das Crianças no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro tem espetáculo no Teatro Amazonas

Inspirados nos personagens mitológicos do folclore amazônico, como o Curupira, a Cobra Grande e a Matinta-Perêra, e em lendas famosas como a do Tamba-Tajá, os alunos do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro apresentam um espetáculo em celebração ao Dia das Crianças. Com direção artística de Jorge Kennedy, o musical “Amazônia – Os Encantos da Floresta” será encenado no Teatro Amazonas nesta quinta (12) e na sexta-feira (13), em duas sessões a cada noite, às 18h e às 20h, sempre com entrada franca.

“Amazônia – Os Encantos da Floresta” terá a participação de cerca de 120 alunos de todos os núcleos do Liceu: Música Popular, Música Erudita, Dança, Teatro e Artes Visuais. Os corais Infantil, dirigido por Hugo Pinheiro, e Jovem, por Dhijana Nobre, também tomam parte no musical, que terá ainda participação da cantora Marcella Bártholo, integrante da edição de 2016 do reality show “The Voice Kids” (Rede Globo) e ex-aluna dos cursos de Canto Coral do Liceu Claudio Santoro. O espetáculo é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura.

De acordo com Jorge Kennedy, que também é coordenador artístico do Liceu Claudio Santoro, o musical do Dia das Crianças já é uma tradição. “Começamos em 2015 com ‘Os Saltimbancos’, que foi um sucesso absoluto de público. Em 2016, repetimos a dose, também com uma resposta incrível do público, e neste ano resolvemos trabalhar com a temática da Amazônia, baseada em músicas do compositor paraense Waldemar Henrique. Iniciei os trabalhos em cima do texto, e assim nasceu ‘Amazônia – Os Encantos da Floresta’”, conta o autor do espetáculo e teatrólogo.

Trabalho em equipe – Kennedy explica que, a partir da concepção do texto, cada núcleo começou a trabalhar sua participação no musical. “Os professores do Núcleo de Música Popular, por exemplo, escreveram os arranjos das músicas de Waldemar Henrique. Os alunos de Artes Visuais produziram a arte do cartaz, os figurinos e ainda vão produzir a cenografia. Posso dizer que todas as turmas estão trabalhando como uma só”, destaca.

Participando da ação pela primeira vez, o jovem Davi Felipe, de 18 anos, interpretará o índio Muriacin, protagonista da lenda do Tamba-Tajá. Aluno de Canto Coral desde março deste ano, o jovem conta que está sendo emocionante a expectativa de uma apresentação no Teatro Amazonas. “A gente sabe que as pessoas vão ao Teatro para ter contato com entretenimento de qualidade. É algo que os professores sempre estão reforçando com a gente, e estamos nos dedicando para trazer o melhor para o público”, ressalta.

Já Larissa Diniz, 21, é veterana quando se fala em musicais produzidos pelo Liceu. Aluna do Curso de Formação II em Dança, a jovem bailarina participou das duas edições do musical “Os Saltimbancos”. “Eu morei no interior, e por isso todas as coreografias que têm a ver com a vida do amazônico, como a parte do beiradão, são familiares para mim. Está sendo um prazer enorme fazer parte dessa produção”, declara ela.

As crianças Isabelle Teixeira e Maria Gabriela, ambas de 9 anos, e Cristiano Maquiné, 10, da turma de Teatro Infantil, estão se sentindo honrados em participar do musical. “É também a primeira vez que eu vou me apresentar no Teatro Amazonas!”, conta Isabelle. “Está tudo muito legal. Os ensaios estão sendo mais lentos, mas na apresentação tudo vai estar mais rápido”, afirma Maria. “É emocionante participar desse musical. Não sabia que um dia eu podia me apresentar no Teatro. É histórico para mim”, finaliza Cristiano.

Enredo – Jorge Kennedy ressalta que a trama que permeia o musical está toda ligada com a Amazônia. “Basicamente, ela se passa numa comunidade do interior do Amazonas. Como protagonistas, temos três crianças que são cuidadas pela avó, dona Rosinha. Nessa comunidade, os habitantes passam a viver as lendas do folclore amazônico. A jovem donzela seduzida pelo boto que virou homem, os caçadores que não conseguem entrar no mato por causa das peripécias do Curupira, enfim… É uma série de histórias que estarão ligadas entre si dentro do musical”, afirma.

Algumas das músicas originais são do paraense Waldemar Henrique, com arranjos dos professores César Lima e Adonay Júnior, que também integram a Orquestra de Violões do Amazonas. Outras foram compostas especialmente para o musical pelos dois, com letras deles e do próprio Jorge Kennedy. “Eles estão completamente ligados com a ideia central e as coreografias, e estão compondo em cima disso”, completa o professor.

Para o teatrólogo, o público pode esperar um encantamento geral, além de ter um reencontro com as suas raízes e a identidade mitológica amazônica. “Além da parte infantil para as crianças, queremos que os adultos conheçam a importância do lendário para a identidade amazônica, além de ter a música folclórica como parte dessa identidade. E, finalmente, a diversão das crianças!”, finaliza.

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