A pauta da reunião inclui a avaliação das ações do movimento paredista, reafirmação dos cinco eixos da pauta de reivindicações e estratégias de negociação.
O Comando Local de Greve (CLG) da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA) promove nesta quinta (20) nova Assembleia Geral (AG) na sede da instituição. A AG será instalada às 9h, no auditório Rio Amazonas, na Faculdade de Estudos Sociais (FES), setor norte do Campus Universitário. Os professores estão em greve há 66 dias.
O objetivo da instalação da instância máxima de deliberação da categoria é fazer uma avaliação das ações do movimento paredista e definir as estratégias de negociação dos cinco eixos da pauta dos professores. Os docentes dos seis campi estão em greve desde o dia 15 de junho e lutam em defesa do caráter público da universidade, melhores condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.
A maioria dos docentes da instituição continua em greve e o calendário acadêmico só deve ser normalizado após o fim da paralisação. Nesta terça (18), em debate realizado na sede da ADUA, o titular da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), professor Lucídio Rocha, informou que, até aquele momento, 54% das disciplinas ministradas nos cursos oferecidos pela Ufam no 1º semestre letivo de 2015 permaneciam sem as notas lançadas no sistema da instituição. A informação reforça a adesão da ampla maioria dos docentes ao movimento paredista.
Status da negociação
Desde a deflagração nacional da greve, no dia 28 de maio, o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) enfatizaram, em reuniões com o movimento paredista, a questão do índice salarial, deixando de lado os outros pontos de reivindicações. Mediante a recusa imediata das entidades federais em greve, a segunda e definitiva proposta encaminhada pelo Governo manteve o índice de 21,3% parcelados em quatro anos, acrescida dos benefícios (acréscimo de 22,5% para auxílio-alimentação, 23% para saúde e 317% para creche).
Por considerar definitiva a proposta, o Governo, por meio do MPOG, deu o prazo, até 31 de julho, para que o Fórum dos Servidores Públicos Federais (SPF) se posicionasse. Porém, na reunião do Fórum dos SPF, realizada em 22 de julho, os representantes do MPOG e MEC continuaram focando apenas para a questão salarial, sendo esses ensaios rejeitados pelas categoriais em greve, pois demonstraram a intenção do Governo em não discutir os demais pontos da pauta.
“Diante da recusa do governo federal em propor soluções efetivas e do crescimento do movimento paredista com a adesão de novas Instituições Federais de Ensino (IFE), é preciso construir novas estratégias de negociação da pauta da greve nacional dos docentes. Nesse sentido devemos buscar novas estratégias para garantir possíveis contrapropostas, uma vez que a pauta não se reduz apenas à questão salarial”, diz trecho do comunicado do CLG da ADUA, explicando o motivo da convocação da AG.
