Está cada vez mais difícil para os jovens brasileiros conquistarem uma vaga no mercado de trabalho. O problema é maior para quem tem entre 14 e 24 anos de idade. É o que aponta a análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Segundo o Ipea, o índice de desemprego entre os jovens foi de 26,36% no primeiro trimestre de 2016.
Para tentar contornar essa situação, várias empresas especializadas ajudam os clientes a aperfeiçoarem os currículos e buscarem oportunidades de trabalho. Para Larissa Meiglen, que é supervisora de Assessoria de Carreira da Catho, as vagas têm diminuído por causa a atual crise política brasileira. “A gente vê que as vagas que estão abertas atualmente buscam profissionais capazes de ajudar a empresa a sair da crise. Então, eles buscam por profissionais com bons potenciais de entrega de resultado”.
Mas não são apenas as empresas que estão à procura de funcionários capacitados. Os jovens recém-formados também buscam vagas qualificadas. É uma via de mão dupla. Lara França ilustra bem isso. Formada em odontologia, a jovem de 22 anos está procurando emprego, mas também cursa uma especialização para que consiga encontrar uma oportunidade melhor. “As empresas, quando você fala que tem uma especialização, acabam te pagando mais, acabam de contratando por você ser um especialista. Acho que atualmente está bem difícil encontrar um emprego onde se consiga uma boa estabilidade”.
A executiva da Catho Larissa Meiglen pondera que, mesmo nesse cenário negativo, os jovens continuam a ter chances no mercado, justamente porque são pessoas qualificadas, mas que não têm ainda um alto custo para contratação. “Por isso, ele tem que deixar bem claro no currículo quais as competências, conhecimentos e habilidades ele possui, para mostrar para a empresa como ele pode efetivamente desenvolver um bom trabalho”.
Por isso, a dica da executiva é não desanimar. Prepare um bom currículo, procure sempre se atualizar, escolha lugares com os quais você se identifica e vá luta.
Reportagem, Bruna Goularte
