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quinta-feira, março 28, 2024

ECONOMIA: Setor de serviços tem queda de 5% até setembro, no acumulado de 12 meses, diz IBGE

O volume de serviços prestados no Brasil diminuiu cinco por cento até setembro, no acumulado dos últimos 12 meses. É o que mostra a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. De acordo com o levantamento, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice já acumula queda de 4,9 por cento, maior taxa negativa para setembro desde que o índice começou a ser medido, em 2012. Isso significa que o trabalhador brasileiro está economizando na hora de pagar por serviços, como comer fora de casa ou ir ao cabeleireiro, por exemplo. O ex-presidente do Conselho Federal de Economia, José Luiz Pagnussat explica a queda no índice. “A pesquisa mostra que o setor de serviços ainda não reagiu à crise econômica. Continua em queda. Na verdade, no acumulado de 12 meses, a queda no setor de serviços é de cinco por cento, mas já dá sinais de que atingiu o fundo do poço e de que pode começar a reverter esse quadro. Praticamente todos os setores continuam negativos. Ou seja, o setor ainda não está refletindo o comportamento do restante da economia que começa a dar sinais positivos, o que é esperado: o setor de serviços normalmente é o setor que reage na sequência dos demais setores da economia.”

Quanto maior é o salário do trabalhador, mais ele pode gastar em refeições fora de casa ou em viagens, por exemplo. Mas se a economia está fraca e o orçamento está apertado, então o consumo dos serviços oferecidos no mercado também é menor. De acordo com o economista José Luiz Pagnussat, a queda na prestação de serviços reflete justamente essa tentativa das famílias em reduzir os gastos. “Num período de crise o consumidor tende a diminuir serviços de alimentação fora de casa, por exemplo. Lanchonetes, restaurantes… Reduzir serviços de telecomunicações. Seja porque ele reduz o seu pacote de internet na sua casa, ou mesmo da TV a cabo. Ou, no caso, serviços profissionais, serviços técnicos profissionais. Buscar um médico, ou dentista, ou o prestador de serviços para o indivíduo, ou mesmo o cabeleireiro, etc.”

O IBGE mostrou, ainda, que em setembro, o volume de serviços recuou 0,3 por cento frente ao mês anterior. Essa queda reflete a variação negativa nos segmentos de Outros Serviços, que recuou 2,5 por cento, nos Serviços Prestados às Famílias, que tiveram queda de 0,9 por cento e nos Serviços de Informação e Comunicação, que recuaram 0,6 por cento.

Reportagem, Bruna Goularte

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