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quinta-feira, abril 18, 2024

Em avaliação internacional, Amazonas sobe 12 posições no ranking

Repetindo o excelente desempenho do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015, o Amazonas foi a Unidade da Federação (UF) que mais cresceu no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), saindo da 23ª posição em 2012 para 12º lugar em 2015.

No comparativo da média geral 2012×2015, das 27 UF´s, 13 cresceram e 14 diminuíram suas pontuações. O Amazonas teve o maior crescimento, saindo de 371,3, em 2012, para 394,7, em 2015 – um crescimento de 23,3 na média geral.

O Amazonas também foi o Estado que mais cresceu na média geral e em Matemática, empatando no crescimento com Roraima, em Ciências. Roraima foi o Estado que mais cresceu em Leitura.

O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Rossieli Soares da Silva, que foi secretário de Estado de Educação do Amazonas no período de agosto de 2012 a maio deste ano, destaca que o protagonismo e a valorização do professor em sala de aula através dos Grupos de Trabalhos aliados à disponibilização de simulados aos estudantes foram medidas encontradas dentro da própria rede para o Amazonas ter atingido tão bom desempenho no Pisa 2015. “Enquanto o Brasil apresentou uma queda em Matemática em relação a edições anteriores do Pisa, o Amazonas foi o Estado que mais cresceu, entre todas as Unidades Federativas”, ressalta Rossieli.

Investindo em novas tecnologias, Rossieli destacou que em sua gestão, executou uma ampla ação da utilização de recursos tecnológicos como ferramenta pedagógica nas escolas estaduais do Amazonas.

Enquanto em Matemática o desempenho dos estudantes brasileiros foi estatisticamente menor do que na edição de 2012, o Amazonas teve crescimento de 356 para 378, saindo da 25ª posição, em 2012, para o 10º lugar, em 2015.

Em Leitura, o Amazonas teve crescimento de 382 para 407, saindo da 22ª posição em 2012 para 11º lugar, em 2015.

Em Ciências, foco desta edição do Pisa, o Amazonas teve crescimento de 376 para 399, saindo da 23ª posição para o 11º lugar.

Em Ciências, pouco mais de 40% dos estudantes brasileiros atingiram pelo menos o nível 2 da escala de proficiência, considerado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o nível básico para aprendizagem e participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado.

Em leitura, 51% dos estudantes estão abaixo do nível 2 e, em matemática, esse número chega a 70,3%.

Apenas nove Estados brasileiros apresentaram crescimento no Pisa 2015 na média geral e nas três áreas avaliadas, em relação ao Pisa 2012, que foram Amazonas, Acre, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná e Roraima.

No Amazonas, participaram 816 estudantes de 25 escolas no Pisa 2015. No Brasil, foram selecionados estudantes das 27 Unidades da Federação. Participaram 23.141 alunos de 841 escolas, que pela primeira vez fizeram uma aplicação totalmente computadorizada.

No Brasil, a avaliação trienal de estudantes com idade entre 15 anos e 3 meses (completos) e 16 anos e 2 meses (completos) no início do período de aplicação é responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) – uma autarquia do MEC.

O perfil típico do estudante brasileiro participante foi do sexo feminino (51,5%), matriculado no ensino médio (77,7%) de uma rede de ensino estadual (73,8%), localizada em área urbana (95,4%) e no interior (76,7%).

A prova é coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e foi aplicada no ano de 2015 em 70 países e economias, entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil.

Cenário brasileiro

Mais da metade dos estudantes brasileiros na faixa dos 15 anos está abaixo do nível básico de aprendizado em leitura, matemática e ciências. Análises e reflexões sobre o desempenho desses estudantes no Pisa foram apresentados na manhã desta terça-feira (6), no seminário Pisa 2015, no Inep, em Brasília.

De acordo com os dados apresentados, sete em cada dez alunos na faixa dos 15 anos está abaixo do nível 2 de proficiência em matemática, considerado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o nível básico de aprendizagem e participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado.

Em ciências, foco desta edição da avaliação internacional, pouco mais de 40% dos estudantes brasileiros atingiram pelo menos o nível 2 dessa escala. Em leitura, 51% dos estudantes estão abaixo do nível 2. Da última edição do Pisa, em 2012, para a mais recente não foram registradas diferenças estaticamente representativas, a não ser em matemática, que teve piora nos resultados.

Na avaliação do ministro da Educação, Mendonça Filho, esse resultado representa uma tragédia para o futuro dos jovens brasileiros. “O que pudemos constatar diante desses números é que a grande maioria desses jovens não tem o conhecimento mínimo necessário para exercer a cidadania de acordo com padrões do mundo globalizado no qual vivemos”, disse. “Isso é extremamente preocupante e reforça, ainda mais, a necessidade de urgência na adoção de medidas que possam mudar esse cenário em médio e longo prazos.”

Resultados

Os instrumentos do Pisa (testes e questionários) propiciaram três principais tipos de resultados:
– Um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes.
– Como tais habilidades são relacionadas a variáveis demográficas, sociais, econômicas e educacionais.
– As tendências que acompanham o desempenho dos estudantes e monitoram os sistemas educacionais ao longo do tempo.

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