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quinta-feira, março 28, 2024

Em Borba – Estudantes da rede estadual desenvolvem pesquisa acerca das etnias Saterê-Mawé, Mura e Munduruku

Em Borba, município distante 151 quilômetros de Manaus, os estudantes de ensino fundamental da escola estadual Balbina Mestrinho participam de um projeto diferenciado e interdisciplinar que é desenvolvido nas disciplinas de História e Artes. Na escola e em atividades extraclasses, os alunos da instituição estão realizando pesquisas conhecendo de forma apurada as características das etnias indígenas Saterê-Mawé, Mura e Munduruku.
O projeto, com o título “Cultura indígena dos povos Mundurukus, Saterê-Mawé e Muras no município de Borba” é aplicado junto a estudantes matriculados entre o 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Neste ano, a escola projeta a participação direta de 730 alunos nos trabalhos previstos.

Nas oficinas de aprendizagem e também nas mostras culturais promovidas, os estudantes são instruídos a realizar pesquisas sobre a culinária, a literatura, as tradições, as formas de artesanato, as moradias, linguagem, mitos e manifestações culturais das etnias indígenas elencadas.

Conforme o professor e coordenador do projeto, Marcus Aurélio de Souza Valente, as atividades propostas têm fundamentação pedagógica e são eficazes para aprimorar o conhecimento dos alunos acerca das etnias regionais, especialmente às que estão ligadas mais fortemente à formação da população do município de Borba. “É um trabalho de aquisição de conhecimento e de valorização da identidade regional. Com o projeto as crianças e os adolescentes são motivados a pesquisar sobre a cultura dos povos indígenas, sua influência na formação da população borbense e valorizar toda esta riqueza, que não pode passar despercebida”, explicou o professor.

A gestora da escola estadual Balbina Mestrinho, professora Telma Fonseca, acrescentou o caráter interdisciplinar do projeto – que fortalece o ensino de disciplinas como História e Artes – e falou que por meio dele é trabalhada também a valorização dos povos indígenas e o combate a qualquer possibilidade de discriminação. “É um trabalho de importância grandiosa, pois também mostra aos estudantes a importância do respeito e valorização da cultura regional. Percebemos, por exemplo, que os estudantes que residem na sede de nosso município passaram a valorizar e tratar com maior igualdade seus colegas que residem em áreas rurais de nossa localidade e que convivem no mesmo espaço escolar”, revelou.

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