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quinta-feira, março 28, 2024

Especialista ensina como reestruturar seu negócio em 2021

Gérlio Figueiredo, empresário, também aponta três situações no qual sua companhia precisa de uma mudança

Apesar de muitos investidores terem iniciado o ano com boas expectativas acerca da retomada da economia, os reflexos da crise financeira causado pela pandemia mundial da Covid-19 ainda estão sendo sentidos no comércio e empresas vem fechando as portas por não conseguirem se adaptar ao cenário.

Para um grande exemplo, temos a Ford que, em janeiro deste ano, informou o encerramento de três fábricas em Camaçari (Bahia); Taubaté (São Paulo) e Horizonte (Ceará).

Entretanto, quando sua empresa já não apresenta mais os resultados desejados é preciso uma reestruturação empresarial e voltar a lucrar. Se você não sabe o que isso quer dizer, convidamos o especialista e empresário em negócios Gérlio Soares Figueiredo para falar sobre o assunto.

“Quando falamos em reestruturação estamos falando de uma avaliação geral que o investidor tem que fazer na empresa quando a mesma já não alcança mais os objetivos. A análise abrange todos os setores e ele precisa identificar os pontos que estão lhe trazendo problemas, o que agrega e o que não agrega valor ao seu negócio, para então poder realizar mudanças profundas”, disse o especialista.

Sendo assim, o primeiro passo é o diagnóstico interno, no qual é importante atentar-se nas áreas financeira e operacional, checar os ativos e os passivos, os meios de precificação dos produtos, contratos com fornecedores e outros processos importantes para a operação da companhia. “Saiba de imediato onde está surgindo o problema e não deixe acumular, pois, posteriormente, esse acúmulo pode impossibilitar a reestruturação eficiente da empresa”, alerta.

*Sinais de alerta*

Para ajudar a identificar os problemas, o primeiro sinal de alerta que o especialista Gérlio Figueiredo pondera é quando há um aumento desproporcional de custos: “É quando os gastos da empresa com o produto final é maior que o retorno, ou seja, quando há um aumento de investimento, mas o retorno é mínimo. Isso leva o risco da empresa não ter o lucro necessário para a manutenção interna.

Outro ponto é quando o consumidor já não apresenta mais entusiasmo com o produto ou serviço, com isso têm-se a perda de credibilidade no mercado, consequente diminuição de clientes. “Aqui, a empresa necessita de inovação, é preciso encontrar novas estratégias de marketing”.

Por fim, o terceiro ponto é o aumento de dívidas. “Nesse ponto, uma alternativa é realizar demissões para sobrar dinheiro no caixa e regularizar a situação”, disse.

*Passos para realizar uma reestruturação*

No ano passado, 3,36 milhões de empresas foram abertas, entretanto 1,04 milhão foram fechadas, segundo levantamento do Ministério da Economia.

O que levou o fechamento dessas empresas foi a falta de uma boa gestão e para que sua marca não tenha o mesmo destino, abaixo, Gérlio Figueiredo dá três dicas de como realizar uma reestruturação empresarial. Ele avalia que, após ter todo o diagnóstico levantado é preciso:

Ter um plano de Ação: “Se resume, basicamente, em elaborar estratégias de crescimento, sejam eles cortes de custos, remanejamento de equipe, bem como a capacitação deles, e definir um prazo para serem concluídas”.

Realizar a execução: “Coloque em prática assim que possível, como disse anteriormente, para não acumular. Aqui vale acompanhar as etapas de implementação das ações para que não desviem do plano criado e as metas sejam atingidas e mudar o que precisar”.

Analisar os resultados: “Nos meses seguintes, busque comparar como era a empresa e como ela está. Só assim será possível dimensionar o quanto o processo de reestruturação foi eficiente e se ele realmente está ajudando a sua empresa a crescer”.

“O foco deve ser sempre a sobrevivência do negócio mais do que a expansão ou a inovação”, finalizou.

Sobre Gérlio Figueiredo

O empresário Gérlio Soares Figueiredo, já acumula vasta experiência em diferentes nichos de mercado, como transportes, construção civil, pecuária, factoring, indústria de vestuário e entretenimento. Empreendedor e dinâmico, Gérlio já possibilitou o emprego de aproximadamente 350 pessoas por todos os segmentos que passou.

Foto: Pixabay

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