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Especialistas alertam sobre riscos de dietas baseadas em inteligência artificial como chatGPT

Especialistas em nutrição e endocrinologia clínica estão alertando sobre os riscos associados à adoção de dietas geradas por sistemas de inteligência artificial, como o chatGPT, sem o acompanhamento de profissionais de saúde. Essas ferramentas digitais, embora inovadoras, podem falhar ao não considerar as nuances individuais de cada pessoa.

O doutor em endocrinologia clínica, Flavio Cadegiani, ressalta a importância da individualização nas dietas, argumentando que as particularidades de cada paciente devem ser levadas em conta para garantir a aderência e eficácia do plano alimentar. Ele enfatiza que os estudos comparativos entre diferentes dietas não capturam a necessidade de personalização no tratamento nutricional.

Camila Pedrosa, nutricionista, destaca a importância de considerar fatores emocionais, condições de saúde pré-existentes, disponibilidade de tempo e recursos financeiros ao elaborar um plano alimentar. Ela observa que esses aspectos críticos muitas vezes são ignorados em consultas realizadas via sistemas de inteligência artificial como o chatGPT.

Além disso, Pedrosa aponta o perigo de uma abordagem única para todos, uma vez que um plano alimentar precisa ser adaptado e ajustado ao longo do tempo para atender às necessidades específicas de um indivíduo. Ela adverte que o uso de IA para orientações nutricionais pode resultar em deficiências nutricionais, especialmente durante processos de emagrecimento sem a supervisão adequada.

Flavio Cadegiani também sublinha a necessidade de um programa alimentar personalizado, considerando objetivos pessoais, histórico de saúde, intolerâncias, alergias, preferências alimentares, rotina e tempo disponível do paciente. Ele defende um acompanhamento contínuo e adaptável ao longo do tempo.

Pedrosa ainda alerta para o risco adicional de pessoas que recorrem a ferramentas de IA sem realizar check-ups regulares, potencialmente agravando condições de saúde pré-existentes. Ela reforça a necessidade de consultas com profissionais de saúde para garantir a segurança e eficácia do tratamento nutricional.

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