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quinta-feira, abril 18, 2024

Estudantes produzem álcool em gel antisséptico para assepsia das mãos no combate a vírus e bactérias

Projeto de Iniciação Científica Júnior é desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE) da Fapeam

A produção de um composto químico para assepsia das mãos está sendo feito por alunos do Ensino Médio, no laboratório da Escola Estadual Sant’Ana, localizada no bairro Petrópolis, zona sul de Manaus, sob orientação e supervisão do professor doutor em biotecnologia, Manoel Feitosa Jeffreys, que começou a desenvolver o projeto como alternativa simples, prática e acessível para o combate à proliferação de doenças como o sarampo e a gripe H1N1.

Além de ensinar os alunos sobre a importância de prevenir doenças, o professor doutor também quer contribuir com o desenvolvimento da pesquisa científica, por meio da formação integral dos estudantes. “O ingresso dos alunos na iniciação científica ajudará na criação de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações socioambientais, políticas e econômicas”, ressaltou Manoel Jeffreys.

O projeto é desenvolvido por meio do Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Com a produção do álcool em gel antisséptico o professor quer transformar a atividade teórica em uma atividade prática que seja prazerosa para os alunos com a aplicação direta dessas ciências, química e biologia, na vida diária das pessoas. É que, futuramente, o composto produzido pelos estudantes poderá ser usado pela escola para higienização das mãos dos estudantes, auxiliando na prevenção de enfermidades. “Pretendo enfatizar os conhecimentos científicos tanto no campo da Química como da Biologia na formulação bioquímica do processo, desde a pesquisa no campo da Bioquímica Ambiental, Farmacologia e Meio Ambiente. O projeto possibilitará a compreensão dos alunos sobre os efeitos químicos e biológicos, especialmente as reações químicas e biológicas no processo de prevenção de doenças”, disse o professor.

Para dar sustentação aos experimentos laboratoriais os bolsistas do projeto iniciaram os trabalhos com as pesquisas bibliográficas sobre o princípio ativo das substâncias químicas que estruturam a fórmula do composto.

Para o teste de produção de um litro de álcool em gel antisséptico, os estudantes utilizaram os seguintes os materiais: 1L de álcool 70%, 30ml de glicerina, 10g de carbopol 940 (polímero), AMP 95 (trietanolamina), corante, essência, colher, coador, vasilhame de 1 L, vidrarias para o preparo de soluções. Esses produtos são encontrados em lojas especializadas em venda de produtos químicos, de beleza e limpeza.

Modo de preparo do composto – Para 1L de álcool em gel antisséptico

Em um recipiente mistura-se de 100mL de álcool 70% a 1 colher de chá de carbopol e diluiu essa substância até formar a consistência de um líquido viscoso (solução aquosa). Em seguida, adiciona-se 0,5ml de glicerina líquida, mistura-se e se preferir pode acrescentar três (03) gotas de essência concentrada e o composto está pronto para o uso. Depois de finalizado, o produto pode ser depositado em frascos. Essa produção de álcool em gel tem validade de três meses e o custo de produção é em média de R$ 25.

Para o bolsista do projeto, Cassius Clay Magalhães de Oliveira Filho, de 18 anos, e matriculado no 3º ano do ensino médio, o experimento científico nas aulas de química serviu para que os alunos aprendessem a produzir o próprio material de higiene e ainda colocar em prática o conhecimento teórico com a aplicação das fórmulas através do experimento laboratorial, verificando como elas funcionam. “É uma ótima experiência pela possibilidade de ter um aprendizado bem mais aprofundado sobre estudo da química e da biologia. Na sala de aula aprendemos a teoria, e no laboratório colocamos em prática esses conhecimentos adquiridos”, ressaltou Cassius.

Outro bolsista do projeto, Lucas Vinícius Campos da Silva, 17 anos, estudante do 3º ano, do ensino médio, o primeiro contato com a pesquisa científica tem sido proveitoso não somente pela possibilidade de acesso à experimentação científica e aprendizado sobre o estudo das ciências, mas também sobre a possibilidade de aplicação prática desse conhecimento para o benefício da sociedade. “Tem sido uma experiência nova e muito proveitosa poder aprender sobre a química e biologia através de um projeto de pesquisa científica, e ainda poder ajudar as pessoas do meu colégio, da minha comunidade, da minha família”, destacou Lucas.

O coordenador do projeto destaca a importância do apoio da Fapeam através do PCE para a formação complementar na vida profissional e acadêmica desses estudantes. “A iniciativa da Fapeam capacita o aluno a vislumbrar campos de pesquisa que eles não tinham conhecimento e futuramente esses cientistas Júnior. vão contribuir de alguma forma com o desenvolvimento da ciência”, disse o coordenador

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