A crescente ocorrência do “Golpe do Pix” tem deixado muitos cidadãos preocupados. No entanto, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informa que existem mecanismos estabelecidos pelo Banco Central do Brasil (BCB) que possibilitam às vítimas recuperar os montantes transferidos ilegalmente.
Denis Pinho, diretor do Departamento de Inteligência e Polícia Judiciária (DIPJ), explicou os dois mecanismos disponíveis: o “bloqueio cautelar” e o “Mecanismo Especial de Devolução (MED)”. Ambos têm prazos que variam de 72 horas a 90 dias para que o dinheiro seja recuperado.
O bloqueio cautelar é um procedimento das instituições bancárias para monitorar as contas correntes. Quando identificam movimentações ilícitas, bloqueiam a conta preventivamente por 72 horas, auxiliando na recuperação dos valores.
Já o MED, exclusivo do Pix, foi criado justamente para facilitar a devolução de valores em situações de fraude. Ao detectar um problema, o cliente deve informar ao banco e aguardar um período de até 90 dias para possíveis devoluções.
A astúcia dos criminosos é impressionante, pois eles muitas vezes se passam por conhecidos das vítimas, usando redes sociais e apps de mensagens. Assim, é crucial sempre verificar com quem você está falando antes de realizar quaisquer transações.
Caso seja vítima, o primeiro passo indicado pelo delegado Antônio Rondon, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), é registrar o Boletim de Ocorrência (BO). Este registro pode ser feito presencialmente ou online através da Delegacia Virtual (Devir). O passo subsequente é entrar em contato com a instituição bancária para dar início ao processo de recuperação do valor.
Denis Pinho reforça: “O Banco Central tem trabalhado para oferecer meios de amparar as vítimas deste golpe tão danoso financeiramente. É importante que a população esteja informada sobre esses mecanismos.”
A Dercc está situada na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus.
Foto: Beatriz Sampaio/PC-AM