MANAUS – Diante de uma nova onda de fumaça que assolou a capital amazonense durante o último fim de semana e na segunda-feira (30), o Governo do Amazonas tomou medidas emergenciais, deslocando 230 agentes para intensificar o combate às queimadas que têm devastado a Região Metropolitana de Manaus.
O estado registrou, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um recorde de focos de incêndio para o mês de outubro, com quase 4 mil registros – o maior número em 25 anos. Além das queimadas, o Amazonas enfrenta uma severa crise ambiental exacerbada pela pior seca dos rios em muitos anos, afetando a quase totalidade dos municípios do estado e impactando diretamente mais de 600 mil pessoas.
O contingente de resposta é formado por bombeiros, policiais militares, analistas ambientais do Ipaam e agentes do Batalhão Ambiental da PM-AM, que irão focar seus esforços em áreas críticas, incluindo Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro Castanho e Autazes.
Em comunicado, o governo estadual reiterou que os focos de incêndio no estado vizinho do Pará e nos arredores de Manaus estão entre as principais causas da densa fumaça na região, destacando que a situação é agravada pelo fenômeno El Niño, que tem resultado em chuvas escassas e calor intenso, dificultando a dispersão das partículas de fumaça.