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sexta-feira, março 29, 2024

IBGE: Mais da metade dos municípios sem planos de saneamento

Um levantamento divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (19) aponta os prejuízos da falta de saneamento básico na saúde dos brasileiros. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais de 2018, mais da metade dos 5.570 municípios não tem planos de saneamento.

E essa realidade, segundo o instituto, pode ter relação direta na ocorrência de doenças como dengue, zika e chikungunya, ligadas ao mosquito Aedes aegypti, e diarreia.

No ano passado, 34,7% dos municípios admitiram saber da ocorrência desses casos. Das cinco doenças elencadas com maior ocorrência, três delas estão ligadas ao mosquito transmissor. A dengue lidera com 26,9% dos casos.

Entre as regiões, o Nordeste lidera com a maior quantidade de casos de pessoas infectadas por todas as doenças. Para se ter uma ideia, 29% dos municípios nordestinos relataram epidemia de zika – o que, segundo o IBGE, tem relação à falta de saneamento.

Com relação a Política Municipal de Saneamento Básico, que traça as diretrizes e objetivos dos serviços, apenas 38,2% dos administradores municipais relataram ter, outros 24,1% informaram estar elaborando um.

Vânia Pacheco é a gerente da pesquisa do IBGE. Ela reconhece que a porcentagem não é ideal, mas destaca a melhora na estrutura ao longo dos anos.

“O que a gente avalia, é que de 2011 para 2017, houve um crescimento no percentual dos municípios que passaram a ter políticas municipais de saneamento básico e plano municipal de saneamento básico. Isso é um fato positivo. Os municípios estão se munindo de instrumentos de gestão para política de saneamento básico.”

No ano passado, o estado de Santa Catarina apresentou a maior porcentagem de municípios com um plano de saneamento básico, 87%. Na contramão, a Paraíba teve apenas 13% dos municípios com esse tipo de planejamento.

Segundo a publicação, em 2011, 28% dos municípios tinham uma Política de Saneamento Básico.

Reportagem, Raphael Costa

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