Quase nada se pode fazer em terras indígenas, mas há que se buscar um meio-termo para que a população do alto Rio Negro possa usufruir uma parte das riquezas naturais dos seus municípios. Essa é a opinião do deputado Vicente Lopes (PMDB), o novo presidente da Comissão de Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa do Amazonas. A principal preocupação da população indígena, segundo ele, é com a falta de oportunidade de trabalho.
O senador licenciado e ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), já sabe da preocupação do deputado. “Conversei com o ministro sobre a possibilidade de se estudar uma forma de a população indígena, mesmo de forma artesanal, aproveitar uma parte da riqueza dos seus municípios”, explica.
Vicente Lopes lembra que tem grande aproximação com os municípios do alto Rio Negro, a exemplo de São Gabriel da Cachoeira (a 852 km da Capital). “Eu me sinto honrado pela relação que tenho com o alto Rio Negro, cujos municípios são constituídos, quase em sua totalidade, de população indígena”, afirma.
Sobre São Gabriel da Cachoeira, ele explica: “É o município onde eu também sempre recebi grande votação e apoio. Portanto, para mim é uma honra presidir essa comissão aqui na Casa. Espero corresponder as expectativas daquele povo que sempre demonstrou confiança em mim e no meu trabalho”.
Vicente Lopes também presidirá a Comissão de Ética, função que já exercia na última legislatura. Mas a Comissão de Ética é considerada atípica, porque funciona apenas se houver denúncia formal contra algum colega deputado e necessidade de investigação. “Espero que a Comissão de Ética não volte a se reunir nos próximos dois anos”, diz ele, referindo-se ao tempo de mandato das comissões.
Texto: Assessoria do Deputado