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quinta-feira, março 28, 2024

José Ricardo denúncia e cobra investigação pelo assassinato do jovem Alexandre Cézar Ferreira na CPI do Senado sobre Assassinato de Jovens

O deputado José Ricardo Wendling (PT), como presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), está em Brasília para protocolizar um Ofício na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal sobre o Assassinato de Jovens. O documento denuncia o alto índice de assassinato de jovens no Estado do Amazonas, e solicita investigações urgente em relação ao assassinato do jovem Alexandre Cézar Ferreira, que foi encontrado morto, com tiro na cabeça, pés e mãos amarradas e sinais de tortura no dia 16 de fevereiro de 2016.

Alexandre era militante do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e fazia parte de um movimento de criticava o Governador do Amazonas José Melo (PROS) – cassado por compra de votos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) – que junto com outros jovens organizavam atos e manifestações contra as denúncias de corrupção desta gestão. Segundo informações, o assassinato deste jovem tem relação com o ato que ocorreu no dia 1º de fevereiro deste ano, em que jovens realizaram um ato político e simbólico de lançar cópias de imagens de cédulas sobre o palco onde estava o Governador do Estado, em entrevista coletiva na Aleam. Alexandre teria ajudado na organização do ato.

“Não podemos tolerar que a tortura volte a ser praticada em nossa sociedade, por isso pedimos providências urgente na elucidação deste crime. As manifestações fazem parte do processo democrático e todos têm direito à liberdade de se expressar, desde que sem violência e de forma pacífica, como foi o caso do episódio com o governador”, expôs.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/AM) informou que em um trecho de um depoimento divulgado na imprensa local, um dos envolvidos no assassinato relata o envolvimento do Comandante da Polícia Militar do Amazonas, coronel Marcos James Frota e de Antônio Evandro Melo de Oliveira, Secretário de Estado de Administração e Gestão (SEAD) e irmão do Governador do Estado José Melo.

No período do assassinato, José Ricardo enviou um pedido de investigação à SSP pela morte de Alexandre e encaminhado um Ofício à Secretaria Especial de Direitos Humanos relatando o ocorrido no dia 1º de fevereiro, durante a leitura da mensagem do Governo do Estado, quando o integrante do Movimento Nacional Levante Popular, Hinaldo de Castro Conceição, lançou cópias as imagens de cédulas. O ato resultou em represálias imediatas ao manifestante e a seus familiares, que foram surpreendidos em sua casa com a presença da Polícia Civil portando um mandado de busca e apreensão de medidas investigatórias sobre organização criminosa, em caráter sigiloso.

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