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quinta-feira, abril 18, 2024

José Ricardo entra com ação contra contra as aglomerações nas agências da Caixa Econômica

O número de contaminados pelo novo coronavírus (Covid-19) no Amazonas chegou nesta segunda-feira (4) a 7.313 casos confirmados e 585 óbitos. Mesmo assim, multidões se aglomeram em filas enormes nas agências da Caixa da Econômica Federal (CEF) e nas lotéricas de todo o estado em busca de solucionar pendencias cadastrais ou sacar o recurso do Auxílio Emergencial. Diante desse fato preocupante, devido ao ambiente propício para contaminação em massa e proliferação da covid-19 que é criado com as aglomerações, o deputado federal José Ricardo (PT/AM) deu estrada nesta segunda-feira (4) em representações nos Ministérios Públicos Federal e Estadual para que tomem providências urgentes por meio de recomendação e ação judicial para combater essa situação desumana.

De acordo com denúncias recebidas pelo deputado e que foram objetos da representação, os problemas no sistema da Caixa Econômica que libera a Auxílio Emergencial são diversos, dentre eles: CPF do familiar não encontrado; demora no atendimento e na análise do cadastro; beneficiários com o valor aprovado não conseguem baixar o aplicativo Caixa Tem, que permite a utilização do recurso; o beneficiário não tem orientação de como configurar o celular para acessar o aplicativo Caixa Tem, e gerar o código para saque e os telefones de suporte da Caixa estão sempre ocupados; além da inoperância do sistema geral do banco.

“A falta de planejamento e estratégia do Governo Federal tem causado essas aglomerações todas nas agências e lotéricas da CEF. As pessoas tem fome, necessitam de alimentação e ainda são humilhadas em filas. No interior do estado a situação é ainda pior, pois tem municípios que não possuem sede da Caixa Econômica, o que obriga as pessoas a procurarem as lotéricas na tentativa de resolver os problemas. E para aumentar ainda mais o risco de contaminação, as pessoas estão passando a noite nas filas para garantir atendimento. Isso é desumano e cruel. Essa é a do Governo Federal que expõe os mais pobres à contaminação e ao risco de morte, pois a doença é avassalador, comprovado pelo número de infectados e mortos que cresce a cada dia no mundo inteiro”, disse José Ricardo.

Soluções para o problema
Na representação, José Ricardo apresenta soluções para eliminar as aglomerações nas agências da CEF. Ele sugere ao Governo Federal que desburocratize o cadastro e as aberturas de contas pelo sistema. E, após aprovação, sejam enviados às residências dos beneficiários, via Correios, um cartão de débito para aquisição de alimentação. Como também disponibilizar saques em todos terminais 24 horas, que já existem em vários locais da cidade, inclusive em pequenos estabelecimentos comerciais em todos os bairros de Manaus. Além de credenciar outros bancos públicos e privados para distribuição do Auxílio Emergencial. E para o interior, o parlamentar sugere dividir a função com o Bradesco, que tem agências em todos os municípios do Amazonas. “Como vimos, não são ideias mirabolantes e nem complicadas de se efetivar, mas que vão facilitar a vida das pessoas e reduzir aa aglomerações, basta ter vontade política e empatia para resolver o problema da população pobre do país”, destaca José Ricardo.

Sobre o benefício

O Auxílio Emergencial é um benefício financeiro proposto e defendido pelos parlamentares de esquerda da Câmara dos Deputados e aprovado pelo Congresso Nacional, que varia entre R$ 600 a R$1.200. É destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia. No entanto, a população não está conseguindo ter acesso ao benefício. Portanto, arriscam-se em filas nos postos da CEF para tentar retirar o auxílio ou resolver alguma pendência cadastral para o recebimento do recurso.

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