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quinta-feira, abril 18, 2024

Mais duas crianças com cardiopatia congênita são encaminhadas para cirurgia em São Paulo

Duas crianças com cardiopatia congênitas estão sendo encaminhadas para cirurgia em São Paulo. Uma das crianças viaja na quarta-feira (19/02) para São José do Rio Preto. O segundo paciente deve viajar na semana do Carnaval e vai realizar o procedimento no Instituto do Coração (Incor), na capital paulista.

A iniciativa é uma das ações da gestão estadual para reduzir o tempo de espera de pacientes que aguardam cirurgia cardíaca no Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), na zona norte de Manaus.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Rodrigo Tobias, a realização de cirurgia por TFD não foi a única medida tomada pelo governador Wilson Lima para reduzir o tempo de espera de quem está na fila da cirurgia cardíaca. O governo iniciou ainda no ano passado um plano de reestruturação do Hospital Francisca Mendes.

O hospital aumentou em 87% o número de cirurgias cardíacas, no mês de janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2020, foram feitos 58 procedimentos na unidade, enquanto no ano passado foram 31.

De acordo com o diretor do Hospital Francisca Mendes, Braz Santos, além das crianças do Amazonas que estão fazendo cirurgia cardíaca em São Paulo por meio do programa TFD, a unidade em Manaus continua com o fluxo crescente de cirurgias e procedimentos.

Evolução – No dia 4 de fevereiro, Yran Lucas, de um ano e cinco meses, passou, com sucesso, por procedimento para correção de uma comunicação interventricular (sopro no coração); a criança foi a primeira a ser enviada após a parceria do Governo do Estado com o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto. Na próxima semana, Yran vai retirar os pontos cirúrgicos. A expectativa é que até o final deste mês a família seja autorizada a voltar para Manaus.

Com a liberação da equipe médica do Francisca Mendes, a segunda criança a ser encaminhada para a cirurgia em São Paulo é Diego Rodrigues Júnior, de seis anos. Ele e a mãe Edivânia Souza, embarcam para São Paulo na madrugada de quarta-feira (19/02) – a primeira consulta no HCM de São José do Rio Preto está marcada para quinta-feira (20/02). Diego também vai fazer a correção de uma comunicação interventricular no coração.

“Só depois dessa consulta e da avaliação médica da equipe de São José do Rio Preto é que vão marcar a cirurgia dele. A do Yran foi no dia seguinte, porque a equipe do Francisca Mendes se preocupa em atualizar todos os exames para que a criança viaje em segurança”, disse a coordenadora da Assistência Social da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), Maria Mazzarelo.

Lucas Eduardo da Silva Souza, 12 anos, deve ser o terceiro a viajar, junto com a mãe, Aline da Silva, neste mês de fevereiro. No caso de Lucas, Mazzarelo explica que todo o processo do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) foi realizado e a equipe aguarda somente o agendamento da consulta no Instituto do Coração. Com uma estenose supra-aórtica, Lucas também foi liberado, após exames e avaliação, pela equipe médica do HUFM.

O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) realizado pelas crianças conta com todo o apoio da Susam, que mobilizou a equipe chefiada pela assistente social Maria Mazzarelo para atender as famílias que viajarão por meio da parceria com o Hospital da Criança de São José do Rio Preto.

Sobre o HCM – Com uma estrutura de oito andares, além de térreo e subsolo, com capacidade para 180 leitos, o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto ocupa uma área de 18 mil metros quadrados e integra um dos maiores complexos hospitalares do estado de São Paulo. A unidade já tratou mais de quatro mil crianças cardiopatas de todo o Brasil, incluindo de estados da região Norte, como Tocantins e Rondônia.

O HCM de São José do Rio Preto também tem uma parceria com a fundação Children’s HeartLink, especializada no tratamento de crianças com doenças cardíacas. A fundação treina equipes médicas locais nos países em que atua, possibilitando que as crianças sejam tratadas em seu próprio país.

Sobre o Incor – Como hospital público universitário de alta complexidade – especializado em cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíaca e torácica -, o Incor dedica-se à assistência, ao ensino, à pesquisa e à extensão universitária.

Com 75.000 metros quadrados de área construída em dois prédios (11 andares e 17 andares), o Incor tem 535 leitos distribuídos em sete alas de internação. Desse total, 157 leitos são de UTIs de alta complexidade, 14 salas de cirurgia, sete salas de hemodinâmica e estudos eletrofisiológicos,12 salas de diagnóstico de alta complexidade (tomografia, ressonâncias e medicina nuclear) e 60 consultórios médicos.

Em média, aproximadamente 80% do atendimento do Incor são dedicados a pacientes cujo tratamento é financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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