Depois de rankear entre as melhores capitais em Educação Básica do Brasil, conforme dados do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Manaus mais uma vez dá provas do bom desempenho dos alunos da rede municipal ao conquistar a medalha de prata nas Olimpíadas Brasileiras de Astronomia e Astronáutica (OBA). Anthony de Oliveira Moura, de 15 anos, estudante da Escola Municipal Antônia Pereira da Silva, na zona Norte, ocupou a segunda colocação entre os cerca de 700 mil alunos de 15 mil escolas de todo o país, entre Ensino Fundamental e Médio.
O prefeito Arthur Virgílio Neto destaca que os estudantes estão ocupando seus espaços entre a elite da educação brasileira. E em nome de toda a Prefeitura de Manaus, parabeniza o jovem Anthony pela sua dedicação nos estudos e que resultou nessa medalha de prata. Um orgulho para todos os manauaras.
Ao todo, 15 alunos, do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, da escola Antônia Pereira, participaram da OBA 2018, realizada em maio, mas que teve seu resultado divulgado no último mês. No ano passado, a unidade já tinha se destacado na competição com a medalha de bronze da aluna Sarah Beatriz Ferreira. Além dela, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) também teve, em 2017, outro aluno vencedor da medalha de bronze, Argeu Reis de Jesus, da Escola Municipal Professora Aribaldina de Lima Brito, na zona Leste.
A OBA é realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e Agência Espacial Brasileira (AEB) e já é considerada a maior olimpíada estudantil do Brasil, tendo envolvido em suas 21 edições mais de oito milhões de estudantes, com o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e ciências afins, promovendo a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa.
Anthony alcançou a média 8,35 nas olimpíadas e tudo começou depois que ele decidiu se envolver nos projetos da escola, integrando o grupo de estudos de Matemática. Mesmo admitindo não ser a disciplina a sua favorita, ele conseguiu terminar a prova antes do tempo de duas horas, disponível para o exame.
“Me dediquei para tirar uma nota melhor e consegui. Na nossa idade, temos que nos preocupar apenas em estudar.”
A diretora da escola de Anthony, Cristiane Marques, explica que os alunos selecionados para participar da prova foram os que tiveram melhor desempenho na disciplina alcançado um grande avanço de forma geral. Isso vai motivar outros alunos a participarem não só da OBA, mas de outros projetos que a escola desenvolve.
Para a pedagoga Cibelle Lima, a medalha de prata foi um grande resultado. A premiação é muito importante para uma escola dentro de uma comunidade tão carente. Muitas vezes, esses alunos não têm essa oportunidade. Os professores oferecem a disciplina de outra forma, encantando até aqueles que não gostam do assunto.
“A premiação é muito importante para uma escola dentro de uma comunidade tão carente. Muitas vezes, esses alunos não têm essa oportunidade e acredito que nossa escola é diferenciada.”
Texto: Paulo Rogério Veiga / Semed