Linguistas incentivam alunos a falarem com seus sotaques, como forma de acabar com a segregação e levar mais pessoas a falarem o idioma |
Assim como o Brasil, os EUA também são um país continental e suas regiões e estados têm dialetos e sotaques diferentes. E ainda tem o inglês britânico e dos outros países que falam o idioma. “Imagine um americano ou inglês aprendendo português. Qual som do “S” o professor vai falar que é o correto: o do sotaque carioca ou o do paulista? Assim também é a língua inglesa, além do americano e do britânico, ainda tem os sotaques das regiões ou estados desses países”, esclarece o linguísta.
Em seu livro “50 Tips for Teaching Pronunciation”, que faz parte da série Cambridge Handbooks for Language Teachers, o professor de Inglês, Mark Hancock, que já atuou em vários países, afirma que as pessoas precisam ter uma pronúncia que seja amplamente compreendida. “Não precisa ser o sotaque padrão, que não é necessariamente mais inteligível que outros sotaques. A pronúncia tem menos a ver com soar bem e mais com ser inteligível”.
Entre as dificuldades da pronúncia da língua inglesa está a exigência de se colocar a língua entre os dentes na pronúncia de palavras com “PH”, principalmente no inglês americano. “ Dentro das entre cinco e seis mil línguas existentes no mundo, apenas 50 usam o som do “TH”. E, na fonética, as letras TH podem ter som de T, Z e F. Língua entre os dentes é questão de sotaque. Por que vou trazer uma especificidade fonológica diante daquilo que não sou? Quando uma pessoa que se denomina professora diz que a língua entre os dentes é a única forma correta, ela exclui nativos e não nativos achando que todos devem ter a mesma vertente fonológica diante da Língua Franca”, finaliza Jorge Henrique.
Caso queira conhecer um pouco mais do Método usado e defendido pelo linguista e letrólogo, Jorge Henrique, segue o Instagram do Inglês sem Neura:https://www.instagram.com/inglessemneura?igsh=ZDZwMGdtZXRhYTQ1