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quinta-feira, março 28, 2024

Mercado de trabalho na aviação civil aponta tendência de crescimento

A demanda por voos domésticos cresceu pelo 13º mês consecutivo em março, ao registrar variação positiva de 2,09% na comparação anual, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Com a procura por voos em alta, as empresas precisam aumentar a oferta e, consequentemente, o seu quadro de funcionários. Piloto, Comissário e Despachante Operacional de Voo (DOV) são os profissionais mais procurados pelas companhias, informa o diretor de operações da MAP Linhas Aéreas, o comandante Geraldo Gomes Alves.

Segundo ele, nos próximos anos, a aviação comercial vai precisar contratar cerca de 250 mil pilotos no mundo todo. “Não é difícil, hoje, encontrar pilotos brasileiros atuando em solo internacional”, disse Alves.

Com 30 anos de experiência em aviação, o comandante acredita que a tendência de crescimento reflete o otimismo da população com o cenário econômico. “É um setor cíclico e que acabou também sofrendo as consequências da crise econômica nacional. Com o desemprego em alta, as pessoas estavam mais cautelosas para viajar”, destacou.

Com o crescimento do setor, diz ele, aumenta também a procura por profissionais deste segmento. Além de ser apaixonado pela área, para atuar no ramo, segundo ele, é também essencial ser dedicado, empolgado com omercado e atento às modificações e às tendências na aviação.

Entre as carreiras mais valorizadas na aviação está a de Despachante Operacional de Voo, profissional responsável pelo Planejamento e Controle Operacional dos voos. O DOV tem autoridade para atrasar, desviar ou cancelar um voo. Os voos só podem ser liberados com a assinatura do piloto em comando e do despachante operacional, em documentos específicos, como o plano de voo operacional e o manifesto de peso e balanceamento.

Entre as habilidades requeridas para o exercício desta profissão estão a rapidez de raciocínio, visão espacial e capacidade de trabalhar sob pressão. “Para atuar nessa atividade, o profissional precisa investir cerca de R$ 3 mil em curso de um ano, presencial ou à distância, fazer um estágio de três meses e, em seguida, um exame prático validado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”, informou o comandante da MAP Linhas Aéreas.

Outro profissional bastante requisitado é o comissário de voo. “Tem várias escolas em Manaus que oferecem curso para essa atividade profissional, com certificação da Anac. O curso dura cerca de 3 meses”, informa Alves.

Na carreira de piloto, o comandante explica que o profissional possui um leque de possibilidades. Pode atuar como piloto de avião e de helicóptero, na aviação comercial, dentro de empresas aéreas regulares, ou na aviação em geral, incluindo táxi aéreo, empresas petrolíferas, aviões particulares, entre outras. “O salário do profissional varia, dependendo da aeronave, companhia aérea e, é claro, da quantidade de horas voo”, afirma o diretor da MAP Linhas Aéreas.

Entre as exigências para se tornar piloto estão as habilitações exigidas pela Anac. Para a licença de piloto privado são necessárias 40 horas de voo, 150 horas para voos comerciais e 1500 para linhas aéreas. Além disso, também é necessário ter inglês avançado e Jet Training, curso que aborda gerenciamento de cabine, decisões em casos de panes, rotina operacional e noções sobre aeronaves a jato. “A formação é demorada, mas as perspectivas são as melhores no mercado”, avalia.

É o que também aponta estudo da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao), ao destacar que, até 2030, serão necessários mais 517.413 pilotos no mundo – uma necessidade anual de 52.506 novos comandantes. Só no transporte de passageiros, a previsão é de que nos próximos 20 anos sejam necessárias mais 39.500 aeronaves circulando no planeta. Para isso, as companhias aéreas precisarão contratar mais 460 mil pilotos e 650 mil comissários e técnicos.

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