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Morte de fã em show da Taylor Swift levanta questões sobre direitos do consumidor e segurança em eventos

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Um trágico incidente durante o show da cantora Taylor Swift no Rio de Janeiro, na última sexta-feira, 17 de novembro, resultou na morte de uma jovem fã, Ana Clara Benevides, de 23 anos. A morte ocorreu em meio a condições extremamente quentes no local, com sensação térmica de 60º C, e relatos sugerem que cerca de mil pessoas desmaiaram durante o evento.

O fato trouxe à tona uma questão polêmica: a proibição de levar garrafas d’água para o estádio, uma prática comum em grandes eventos. A advogada e consultora jurídica Dra. Lorrana Gomes, do escritório L Gomes Advogados, questiona a legalidade dessa medida, apontando para uma possível configuração de venda casada, prática proibida pela legislação brasileira.

Dra. Gomes destaca que, além de constituir uma possível venda casada, essa proibição pode violar a obrigação dos organizadores de garantir a saúde e segurança dos consumidores. “Em grandes temperaturas, a água é um produto essencial, e sua proibição pode priorizar a venda dentro do estádio em detrimento à saúde do consumidor”, afirma.

A advogada reforça ainda que a responsabilidade dos produtores de eventos vai além do entretenimento, incluindo aspectos como segurança e estrutura adequada para os espectadores.

A morte de Ana Clara Benevides e os numerosos desmaios levantam sérias questões sobre a segurança em grandes eventos e os direitos do consumidor, especialmente em condições climáticas adversas.

Sobre a Dra. Lorrana Gomes

Dra. Lorrana Gomes é advogada e consultora jurídica, inscrita sob a OAB/MG188.162. Fundadora do escritório L Gomes Advogados, ela é graduada em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara e pós-graduada em Direito Previdenciário, Lei Geral de Proteção de Dados e Processo do Trabalho. Membro da Comissão de Admissibilidade do Processos Ético Disciplinar da OAB/MG, é também autora de diversos artigos jurídicos.

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