Pesquisadora comenta o estudo com anticorpo monoclonal
O FDA (Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) aprovou o uso do Romosozumabe para mulheres na pós-menopausa com osteoporose e múltiplos fatores de risco para fraturas, com densidade mineral óssea muito baixa ou com osteoporose estabelecida (fraturas preexistentes), e para aquelas que não toleram outras terapias.
“Participamos de estudo sobre o romosozumabe que incluiu 7.180 pacientes do sexo feminino em diversos centros de pesquisa, espalhados por 23 países. Desses centros, oito estavam no Brasil. A pesquisa demonstrou uma redução significante no risco de fraturas vertebrais e não vertebrais em mulheres com osteoporose tratadas por um ano com romosozumabe”, comenta Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista que participou do estudo e membro da Comissão Científica do 13° Congresso Paulista de Endocrinologia e Metaboliga, COPEM, que será realizado em maio, em São Paulo.
O anticorpo monoclonal aumenta a formação de nova massa óssea. Em dois ensaios, o tratamento com romosozumabe reduziu o risco de fratura vertebral em 73% quando comparado ao placebo e em 50% em comparação com o alendronato.
“O romosozumabe é um anticorpo monoclonal humanizado contra a proteína esclerostina, que inibe a formação óssea. Portanto sua inibição pelo romosozumabe libera a capacidade de síntese dessas células ósseas, que passam a formar osso novo”, explica a endocrinologista e pesquisadora.
Ainda não há data de liberação no Brasil deste medicamento, mas a provação deixa a comunidade científica otimista, uma vez que o uso dos anticorpos monoclonais como agentes terapêuticos bastante específicos e eficazes já faz parte da rotina de várias especialidades médicas, com resultados extraordinários.
“Casos clínicos desafiadores em osteoporose” é tema de simpósio do 13° COPEM, entre outros temas da pesquisa em Endocrinologia aplicada ao dia a dia do consultório
