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sexta-feira, março 29, 2024

O lucrativo mercado dos pets

Empresas apostam em sorvetes, cervejas, canais de TV e comedouros inteligentes para agradar donos e bichinhos

Um mercado que vem chamando a atenção das empresas é o dos bichinhos de estimação, os famosos “pets”. Só no Brasil, são mais de 50 milhões de cães e 22 milhões de gatos de estimação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, segundo a estimativa do Instituo Pet Brasil, mais de 25 bilhões circularam nesse nicho de mercado, um crescimento de 7% em relação a 2016.

Os números comprovam que mesmo em anos de crise, o setor é uma ótima opção para os empreendedores. São infinitas as opções no mercado, desde as mais simples até as mais tecnológicas. O professor de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade do ISAE – Escola de Negócios, Rafael de Tarso, explica que um dos grandes diferenciais do mercado de nicho é a sua diferenciação. “O número de pessoas com pets aumentou de forma significativa, o que acontece é que antes não tinha uma indústria muito forte voltada para customização, que tivesse alguns produtos com baixo valor agregado, inicialmente uma coleira ou um serviço de pet era muito tradicional. Agora, as indústrias perceberam que tem como agregar valor nesse nicho, tendo uma rentabilidade amor”, enfatiza Rafael.

Em Curitiba (PR), um exemplo dessa efervescência e inovação do mercado é a startup PlayPet, que lançou um comedouro inteligente que funciona conectado sem fio a rede wi-fi, tem capacidade para 3 kg de ração e permite as pessoas alimentem seus bichinhos via aplicativo. O alimento é liberado de acordo com os horários pré-programados no aplicativo, mas você pode liberar o alimento quando quiser, apertando o botão de liberação de ração dentro do aplicativo, disponível nos sistemas Android e iOS.

Para quem busca uma experiência ainda mais próxima com o seu pet, a PlayPet oferece, ainda, uma câmera com imagens ao vivo que podem ser acompanhadas pelo aplicativo. “Nosso trabalho é focado em produtos inteligentes para promover cuidados e entretenimento para os pets, enquanto eles ficam sozinhos em casa. Nessa linha lançamos o comedouro, nosso principal produto, que hoje já é utilizado por todo o país”, comenta Rafael Souza, CEO da PlayPet.

De Vassouras, no Rio de Janeiro, saiu a Dog Beer, a primeira cerveja para animais de estimação. Criada por Lucas Marque Bueno, é na verdade um petisco liquido, não alcoólico, feito à base de água, mate e extrato de carne ou frango, sem nenhuma substância que possa prejudicar os animais e está à venda em todos os pet shops do país. Hoje existe até sorvete para cães e gatos, como o Ice Pet. Quem desenvolveu a receita foi a empresa APF, e ela não possui açúcar, lactose ou gordura. São vários sabores chocolate, morango, banana, atum e bacon.

Existe ainda um canal de TV exclusivo para pets no Brasil (https://www.mypettv.com.br/). Com assinatura mensal, os donos tem acesso a programação completa para acalmar, relaxar e estimular seus bichinhos. Esses são apenas alguns exemplos desse mercado, existem ainda spas, escolhinhas, restaurantes, hotéis, pensados para quem tem bichinhos de estimação ou exclusivamente para eles.

“O segredo para crescer é achar o seu público-alvo, se perguntar: eu quero um público que vá pagar barato? Um serviço básico? Ou um público que vá pagar um pouco mais? Em linhas gerais quando a gente fala de nicho, com todos os processos de digitalização que existem, é mais fácil você conhecer o seu consumidor. Nesse sentido, você identifica o que ele quer e oferece algo que ele realmente precisa”, finaliza o Tarso.

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