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sexta-feira, março 29, 2024

Paralisação de aeronautas pode atrasar voos amanhã em 12 aeroportos

Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

Os aeronautas e aeroviárias representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) vão fazer uma paralisação das atividades entre as 6h e as 8h desta quarta-feira (3) em 12 aeroportos do país. A expectativa é que cerca de 300 voos sejam afetados.

A paralisação deve ocorrer nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo; Viracopos, em Campinas; Brasília; Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro; Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba e Salvador. A adesão deverá ser de aeroviários (agentes de check-in, auxiliares de serviços gerais, mecânicos de aeronaves, agentes de bagagem, operadores de equipamentos) e aeronautas (pilotos, copilotos, comissários de voo, mecânicos e engenheiros de voo).

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), que representa as companhias TAM, Gol, Azul e Avianca, orienta os passageiros que tiverem viagem marcada para amanhã a entrar em contato com a companhia aérea para checar o status do voo. Quem tem embarque previsto para o horário da paralisação pode procurar as empresas para verificar as condições de remarcação ou reembolso dos bilhetes. Mas quem optar em manter os voos previstos para o horário deve usar os canais eletrônicos (sites e aplicativos e totens de aeroportos) para antecipar o check-in e evitar transtornos no aeroporto.

As categorias decidiram pela paralisação após rejeitar em assembleias realizadas na última sexta-feira (29) as propostas das empresas aéreas, que previam pagamentos parcelados por faixas salariais, não retroativos à data-base. As categorias reivindicam a aplicação do reajuste de 11% nos salários e benefícios retroativo à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários.

O Snea informou que apresentou seis propostas aos trabalhadores, mas todas foram recusadas. A entidade argumenta que nos últimos dez anos as companhias aéreas promoveram o reajuste dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com reajustes acima da inflação, além de ganhos nas cláusulas sociais. De acordo com o sindicato, nos últimos anos, a aviação comercial vem tendo prejuízos, e a última proposta apresentada, de reposição do INPC de forma parcelada, contempla o que é possível pelas companhias. O Snea diz que contiua aberto a negociações para evitar transtornos aos passageiros.

Após as paralisações, os sindicatos dos aeronautas farão assembleias, a partir das 9h30, para decidir pela continuidade do movimento grevista nesta quinta-feira (4) ou pela suspensão temporária.

Edição: Nádia Franco

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