O parque Estadual Sumaúma, no bairro cidade Nova, zona Norte, recebeu neste sábado, 27, um mutirão de limpeza para intensificar as ações do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus no combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e o Zika Vírus. Mais de 50 sacos de lixo com diversos materiais que poderiam servir de criadouro para o mosquito foram retirados do local. No entanto, outras ações de limpeza serão realizadas nas próximas semanas devido a grande quantidade de lixo no entorno do parque.
O trecho mais afetado com a concentração de lixo é o que ficava nos fundos da feirinha da avenida Noel Nutels. A ligação da feira com o parque foi rompida com as obras de construção da avenida das Flores impedindo que o descarte de lixo continuasse. Centenas de garrafas PET, latas de cerveja e refrigerante, pneus, entre outros recipientes foram removidos por 20 agentes de limpeza da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), 5 servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente(Sema), além de agentes ambientais voluntários (AAVs) do parque.
As atividades começaram às 8h e seguiram durante toda a manhã. O mutirão é fruto de uma parceria entre a Sema e a Semulsp. “Estamos atentos para o que está ocorrendo no mundo devido ao aedes aegypti. Aproveitamos o apoio que temos da Semuslp para zelar pelo bem-estar do parque ao mesmo tempo que zelamos pela saúde de quem trabalha nele, além da população do entorno”, destacou o titular da Sema, Antonio Stroski.
O lixo estava distribuído em pontos de difícil acesso, em locais de trilha e em vegetação fechada onde apenas os servidores do parque estão habilitados a transitar, em função do mapeamento que têm da área. Eles orientaram a equipe de limpeza e todo o trabalho foi bem-sucedido.
Para a gestora do parque, Amanda Gomes, a iniciativa tem como foco não apenas a prevenção contra os males causados pelo mosquito aedes aegypti, mas serve para mostrar à sociedade e, principalmente, aos moradores do entorno, a importância de zelar pela unidade de conservação. “O parque é importantíssimo para a cidade e para a preservação de espécies de animais como o sauim-de-coleira que tem três bandos no Sumaúma. Queremos sensibilizar a sociedade para olhar de forma sensível para o parque e dar a ele o devido valor. A retirada do lixo mostrando o que ele causa é uma forma de apelo para que isso não volte a ocorrer, seja no Sumaúma ou em outro fragmento florestal da cidade”, disse.
Sobre o parque
O Parque Estadual Sumaúma (Parest Sumaúma) foi criado em 2003, por meio do decreto nº 23.721, com uma área de 52 hectares. É a primeira Unidade de Conservação (UC) Estadual de Manaus, funciona atualmente de forma parcial, mas a intenção é que todos os oito ambientes temáticos estejam disponíveis aos visitantes ainda no primeiro semestre de 2016.
A criação é fruto de um esforço de um grupo de moradores do entorno do parque, junto com o Governo do Estado, para de proteger uma das poucas áreas verdes preservadas da capital amazonense.
