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quinta-feira, março 28, 2024

Petrobras tem mais de 300 convênios com universidades e centros de pesquisa internacionais

De 2006 até o final de 2014, a Petrobras, uma das principais investidoras globais em pesquisa e desenvolvimento, realizou mais de 300 convênios com universidades e centros de pesquisa de referência no mundo inteiro. Essas parcerias com instituições de ensino, que englobam universidades de 15 países, têm por objetivo viabilizar o desenvolvimento recíproco de conhecimento e tecnologia, gerando benefícios mútuos.

Em uma dessas frentes, a Petrobras, junto com as demais operadoras de grande porte em Exploração e Produção, é afiliada ao Stanford Project on Deepwater Depositional Systems (SPODDS), programa de pesquisa da Universidade de Stanford (Estados Unidos) voltado para o estudo de depósitos de águas profundas. Nele, há um projeto dedicado a investigações sobre reservatórios, que ocorrem em diferentes contextos geológicos do mundo, similares aos dos campos de Marlim, Albacora e Roncador. Esse estudo, que permite uma visão comparativa de várias ocorrências estudadas, é fundamental tanto na etapa exploratória quanto na fase de desenvolvimento da produção.

Outro destaque é a parceria, iniciada em 2011, entre a Petrobras e o Instituto Francês de Petróleo, para desenvolvimento de um software de simulação de reservatórios. Focado nas necessidades apresentadas pelos profissionais da Petrobras, o software é, até o momento, a melhor ferramenta existente para esse fim e continua sendo aprimorada.
Parcerias com empresas

No modelo de parcerias com empresas, a Petrobras contabilizou, entre 2006 e 2014, 180 projetos para desenvolvimento conjunto de tecnologias, os chamados Joint Industry Project (JIP) ou projetos multiclientes.

Um exemplo bem sucedido é o programa DeepStar, coordenado pela Chevron com participação da Petrobras desde o início, há 22 anos. O programa promoveu o surgimento de novos produtos para uso da indústria petrolífera, como novas interfaces para ROVs (Veículo Submarino Operado Remotamente), além de viabilizar processos de qualificação para equipamentos submarinos, softwares de controle de poços e tecnologias de perfuração. Na fase atual, o DeepStar tem como foco a identificação e o desenvolvimento de métodos para perfuração, produção e transporte de hidrocarbonetos em águas ultraprofundas. O programa avalia novas tecnologias de redução de riscos associadas ao escoamento dos fluidos produzidos e à otimização das condições de produção. Também desenvolve técnicas para entender e avançar na confiabilidade dos sistemas submarinos; sistemas de injeção de água do mar dessalinizada e bombeamento submarino, que reduzem os custos de desenvolvimento ou viabilizam a produção em regiões mais distantes das plataformas.

Já o projeto CO2 Capture Project (CCP), coordenado pela BP com a participação da Petrobras, tem como foco o desenvolvimento de tecnologias de captura e armazenamento de CO2. Ao longo das três fases do projeto, que teve início em 2000, diversas tecnologias foram testadas.

Entre elas, está a de oxicombustão aplicada às unidades de craqueamento catalítico fluido (FCC) das refinarias. A oxicombustão utiliza oxigênio puro em substituição ao ar para promover a captura de CO2 e as unidades de sigla FCC são responsáveis pela transformação de óleos pesados em derivados de petróleo mais leves, como gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP). Dentro do projeto, a Petrobras, como líder desse desenvolvimento, construiu e instalou o módulo de oxicombustão em uma unidade piloto de FCC da SIX (Unidade de Industrialização de Xisto), em São Mateus do Sul (PR). Os testes realizados permitiram gerar uma corrente com alto teor de CO2, pronto para captura. O trabalho é pioneiro mundialmente e tem potencial para reduzir as emissões dentro de uma refinaria em até 30%, com custo menor e mais eficiência. Outro benefício do módulo de oxicombustão foi o ganho em flexibilidade operacional do FCC, com possibilidade de aumento da conversão geral da unidade ou da quantidade de carga processada.

Essas e outras iniciativas resultantes da parceria entre a Petrobras e sua rede de colaboradores ao redor do mundo contribuem para impulsionar as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia. Elas fazem parte da estratégia para alinhar as necessidades da Petrobras e as competências das parceiras, visando atender aos desafios tecnológicos presentes no Plano de Negócios e Gestão e no Planejamento Estratégico da companhia.

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