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quinta-feira, março 28, 2024

Prédio onde começou história do TCE-AM tem projetos em estudo pela Prefeitura de Manaus e a corte de contas

A arquitetura pode ser cheia de afetividade, intimista, humana e rica em detalhes históricos. Com esse olhar, a Prefeitura de Manaus se debruça nas ações iniciais e de conceitos de projetos para o “Nosso Centro”, lançado pelo prefeito David Almeida, na segunda quinzena de junho, dentro do programa de crescimento econômico e social “Mais Manaus”, que prevê investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão nos próximos anos.

E esse mesmo olhar foi compartilhado pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), conselheiro Mario de Mello, e com a equipe técnica da prefeitura, durante tratativas sobre uma área especial do centro histórico.

Trata-se de onde funcionou a primeira sede da corte de contas do Estado, um prédio histórico localizado na região do conhecido complexo do Boothline. “Ainda é um plano embrionário, mas estamos muito entusiasmados. Com certeza o tribunal gostaria de fazer a gestão desse prédio emblemático. Estamos alinhando para dar continuidade a essa obra, que será muito importante para a história da corte e a história do Amazonas”, disse o presidente do TCE-AM.

Tratativas

Além dos estudos avançados, as tratativas entre os entes envolvidos seguem para a conversão de ideias e propostas. “O presidente Mario de Mello se manifestou pela possibilidade de resgatar esse momento histórico da corte, e em conversas com os proprietários da área e empreendedores, os caminhos são promissores no sentido de resgatar o espaço e sua importância patrimonial, cultural e arquitetônica, agregando ainda mais valor às ações do ‘Nosso Centro’”, observou o diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), engenheiro Carlos Valente.

No grupo de estudo e desenvolvimento também estão o Instituto Nacional de Patrimônio Histórico (Iphan-AM), a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e a Secretaria Municipal de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi).

“Buscamos alinhar os pleitos e sua conciliação para os interesses da cidade, dos proprietários e do TCE. Os empreendedores já se manifestaram positivamente e o próximo passo é iniciar os projetos para essa parte histórica de Manaus. A ideia comum é devolver uma grande parte daquilo que um dia foi belo, bonito, pujante e importante, agora com uma nova dinâmica, com resgate das atividades econômicas, artísticas, culturais e de lazer”, completou Valente.

No início do mês, diretores do Implurb, do TCE-AM e da Manauscult estiveram na região, onde ainda é possível identificar resquícios da galeria dos juízes e da fachada do prédio onde teve início a história da corte de contas do Amazonas. A visita foi acompanhada pelo chefe do Departamento de Pesquisa e Memória do TCE-AM, Joselito Lindoso, pelo diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, e pelo subsecretário de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel), Platiny Soares.

Pesquisa e turismo

Além do resgate da historicidade e do turismo no Centro Histórico de Manaus, onde teve início a memória do TCE, a corte apresentou como ideia para o projeto de revitalização, a reativação do funcionamento do prédio para trabalhos da instituição.

Fora as grandes reformas estruturais para tornar o bem visualmente turístico, o tribunal estuda tornar ali uma base de estudos, contribuindo com pesquisas direcionadas às atividades exercidas.

Segundo Carlos Valente, a primeira sede operacional do TCE, na sua plenitude, ocupou uma área no complexo, num hiato de tempo de 70 anos. O diretor do Implurb acrescentou que os trabalhos vão servir para mostrar à sociedade fatos da história e como o TCE se posiciona em relação ao século XXI.

Nosso Centro

É no Centro, no coração urbano da cidade, que se concentram os trabalhos da Comissão Técnica para Implementação e Revitalização do Centro Histórico de Manaus, criada por meio do decreto n° 5.034/ 2021, sancionado pelo prefeito David Almeida.

“A comissão reúne diversos atores em uma operação complexa, mas exequível. E, os espaços já revitalizados, é necessário ocupar de forma criativa e sustentável. As forças unificadas visam buscar soluções para a melhoria da mobilidade, cultura, da habitação, da qualidade de vida, não só a curto e médio prazos, como a longo prazo também. A comissão está debruçada sobre os três grandes pilares: Mais Vida, Mais Negócios e Mais História”, afirmou Carlos Valente.

Texto – Claudia do Valle / Implurb

Foto – Oliveira Júnior / Manauscult

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