28.3 C
Manaus
quarta-feira, abril 17, 2024

Prefeitura inicia serviço de telemonitoramento de casos de tuberculose em Manaus

A Prefeitura de Manaus iniciou nesta segunda-feira, 23/11, o serviço de telemonitoramento, para acompanhar pessoas diagnosticadas com tuberculose. O serviço, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), vai atender todos os casos novos em tratamento de tuberculose e que são acompanhados por profissionais das unidades de Saúde da rede municipal.

“O telemonitoramento pretende acompanhar, por meio de ligações telefônicas, os pacientes com tuberculose como forma de estimular a adesão ao tratamento, dando suporte de acordo com as demandas apresentadas e oferecendo orientações. É mais uma estratégia estabelecida pela Semsa, no sentido de favorecer a conclusão do tratamento de forma adequada e em tempo oportuno, garantindo a cura”, explica o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi

Os casos serão monitorados a cada 15 dias, até o terceiro mês de tratamento, com avaliação de adesão do paciente. “Um dos desafios no controle da tuberculose é evitar que os pacientes abandonem o tratamento. Manaus convive com o elevado percentual de casos novos que abandonam o tratamento, tendo registrado em 2019 uma taxa de abandono de 16,4%. E quando o tratamento não é concluído, o paciente continua transmitindo a tuberculose, o que mantém a circulação da doença entre a população”, alerta o chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, enfermeiro Daniel Sacramento.

O serviço de telemonitoramento, ressalta Daniel Sacramento, será realizado de forma a complementar as ações de controle da tuberculose que já são executadas nas Unidades de Saúde, que irão manter os fluxos de atendimento, monitoramento e avaliação dos casos, conforme recomendações do Ministério da Saúde, principalmente no que se refere à busca ativa de faltosos e avaliação de contatos sociais e familiares dos pacientes.

“Durante o monitoramento, caso seja constatada uma situação em que o paciente apresente, por exemplo, risco de abandono do tratamento, efeitos adversos ou necessidade de ajuste em relação à medicação, ele será encaminhado para o atendimento na Unidade de Saúde onde realiza o tratamento, quando será verificado o motivo do encaminhamento e, assim, os profissionais poderão definir as medidas necessárias para resolver o caso”, informa Daniel.

Ocorrência

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela microbactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas do corpo humano. O principal sintoma da tuberculose é a tosse. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório – pessoa com tosse por duas semanas ou mais – seja examinado. Mas também podem surgir sintomas como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.

Ainda considerada um sério e desafiador problema de saúde pública, a tuberculose causou adoecimento de 76 mil pessoas em todo o Brasil no ano passado, com 4,5 mil óbitos. Já no município de Manaus, em 2019, foram registrados 2.349 casos novos da doença, o que corresponde a um coeficiente de 107,6 casos por 100 mil habitantes.

“O telemonitoramento é mais uma das estratégias implementadas pela Semsa com o objetivo de reduzir a morbimortalidade da doença no município. A Semsa também tem procurado atuar para manter a alta cobertura da vacina BCG, que previne a tuberculose, a reforçar a ampliação das ações de vigilância e das recomendações de investigação dos casos, e do tratamento da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis, além da implantação da vigilância de óbito com menção da doença”, destaca Sacramento.

Transmissão

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea. Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis, que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas. O tratamento é gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS). A duração do tratamento é de, no mínimo, seis meses, e todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente ficam curados.

Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa

Foto – Divulgação / Semsa

spot_img