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sexta-feira, março 29, 2024

Presença de sangue no esperma pode ser causada por infecção na próstata

Denominada hemospermia, a presença de sangue no esperma ejaculado pode acometer homens de idades variadas. Como na maioria das vezes ocorre sem sintomas, o alerta vem, geralmente, quando se nota a mudança da coloração do esperma, após a atividade sexual, que pode ir de rosa claro ao vermelho ou marrom, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Prof. Dr. Giuseppe Figliuolo. Pelo menos 2% dos relatos urológicos estão ligados à alteração, mas especialistas acreditam que esse número é maior, já que muitos casos são sub-notificados.

De acordo com ele, grande parte dos homens com a alteração, continua tendo uma vida sexual normal até que algum sintoma decorrente da piora do caso passe a aparecer. “Mas, mesmo com algum sintoma evidente, como desconforto, por exemplo, muitos homens deixam de procurar ajuda por vergonha ou timidez”, frisou o médico.

Entre as mais comuns infecções/inflamações da próstata, está a prostatite, causada por bactérias do intestino capazes de contaminar áreas próximas. A hiperplasia benigna de próstata, caracterizada pelo crescimento da glândula, também pode contribuir para a hemospermia. Os ductos ejaculatórios também podem ser a causa do sangramento, em casos de processos inflamatórios.

A próstata é uma glândula que faz parte do aparelho genital masculino e está localizada perto da bexiga do homem. Sua principal função é armazenar um líquido que, junto aos espermatozóides, formam o sêmen.

Giuseppe Figliuolo explica que quanto mais agravado o caso, maior pode ser o sangramento que é eliminado junto ao esperma. No início, os sintomas inexistem, mas se não tratada a tempo, pode levar a dores, febre, calafrios, urina turva, mal estar, entre outros.

Outra causa provável da hemospermia pode ser uma complicação pós-cirúrgica. Os procedimentos cirúrgicos para o tratamento da próstata, por exemplo, estão inseridos nesse contexto, destaca Figliuolo.

O diagnóstico, geralmente, é feito através de avaliação clínica e pode ter indicação de exames como o espermograma, urina e urocultura. “Em alguns casos, necessita-se de avaliações mais aprofundadas, com exames complementares como ressonância magnética da próstata, cistoscopia ou biópsia (retirada de fragmento para análise patológica)”, disse o especialista.

O tratamento é conservador, com a utilização de medicamentos, inibidores de crescimento prostático, entre outros.

Foto: Divulgação

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