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sexta-feira, março 29, 2024

Produção de Motocicletas no Polo Industrial de Manaus avança 8,4% em 2019

Os licenciamentos no período cresceram 20,6% no Amazonas e 16,9% em Manaus. No Brasil, mais de 50% dos negócios envolveram produtos da categoria Street, de uso urbano.

O primeiro semestre de 2019 apresentou crescimento na produção nacional de motocicletas. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, de janeiro a junho saíram das linhas de produção instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) 536.955 unidades, alta de 8,4% na comparação com igual período de 2018 (495.420 unidades).

Na comparação mensal o saldo também foi positivo: em junho foram produzidas 67.991 motocicletas, correspondendo a uma alta de 35,4% sobre o mesmo mês de 2018 (50.208 unidades). Na comparação com maio (100.997 unidades) houve recuo de 32,7%, que se explica pelo menor número de dias úteis em junho – 19, ou seja, três dias a menos, além de férias parciais nas fábricas.

“Esse desempenho está associado a uma demanda que vem evoluindo desde o segundo semestre do ano passado. O ritmo atual sinaliza a retomada consistente dos negócios e é reflexo do aumento da concessão de crédito nas operações de varejo”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

A previsão da entidade é que a produção de motocicletas alcance 1.100.000 unidades em 2019, volume 6,1% superior ao de 2018 (1.036.846 unidades).

VENDAS NO ATACADO

No acumulado dos seis primeiros meses de 2019 as vendas no atacado – repasse para as concessionárias – atingiram 528.720 unidades, alta de 17,2% ante o mesmo período do ano passado (451.318 unidades).

Em junho o volume foi de 72.115 unidades, representando uma alta de 41,9% ante o mesmo mês de 2018 (50.833 unidades). Na comparação com maio, quando foram enviadas às lojas 95.697 motocicletas, houve queda de 24,6%.

EMPLACAMENTOS

Segundo levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) analisado pela Abraciclo, no primeiro semestre de 2019 foram emplacadas 530.034 motocicletas, correspondendo a um crescimento de 16% ante o mesmo período de 2018 (456.729 unidades).

Ainda segundo dados do Renavam, em junho foram licenciadas 80.023 motocicletas, resultado 8% superior ao mesmo mês do ano passado (74.069 unidades). Na comparação com maio (97.989 unidades), houve uma baixa de 18,3%.

A média diária de vendas em junho foi de 4.212 motocicletas, considerando-se os negócios realizados em 19 dias úteis. O volume representa alta de 19,4% em relação a junho do ano passado (3.527 unidades/dia, com 21 dias úteis) e queda de 5,4% na comparação com maio (4.454 unidades/dia, com 22 dias úteis).

De acordo com dados analisados pela Abraciclo, o volume comercializado por dia útil em junho representa o melhor resultado alcançado pelo setor desde junho de 2015 (4.815 unidades/dia).

REGIÃO NORTE, AMAZONAS E MANAUS

Ainda de acordo com os dados do Renavam, no primeiro semestre deste ano, apenas na Região Norte do País foram emplacadas 57.356 motocicletas, volume 7,8% superior ante as 53.182 unidades registradas no mesmo período de 2018.

No estado do Amazonas foram licenciadas 9.421 unidades, alta de 20,6% na comparação com o mesmo período do ano passado (7.810 unidades). Em Manaus os emplacamentos somaram 5.763 motocicletas, alta de 16,9% na comparação com os seis primeiros meses de 2018 (4.931 unidades).

Em junho foram emplacadas 8.877 unidades na Região Norte, correspondendo a uma queda de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2018 (9.327 unidades) e de 17% em relação a maio (10.694 unidades).

No Amazonas, os licenciamentos atingiram 1.618 unidades em junho, representando uma alta de 26,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado (1.277 unidades) e queda 4,9% em relação a maio do presente ano (1.702 unidades). Na cidade de Manaus foram licenciadas exatamente 1.000 motocicletas em junho, significando uma alta de 19,5% ante as 837 unidades registradas no mesmo mês do ano passado e queda de 5,7% em relação a maio do presente ano (1.061 unidades).

EXPORTAÇÕES

As exportações no primeiro semestre somaram 20.392 unidades, representando um recuo de 50,3% na comparação com o mesmo período de 2018 (41.030 unidades). O resultado mensal também apresentou redução: em junho foram exportadas 2.854 motocicletas, com queda de 35,2% na comparação com mesmo mês do ano passado (4.404 unidades). Em relação a maio (3.232 unidades), houve uma retração de 11,7%.

Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, a Argentina foi o principal destino das motocicletas fabricadas nos seis primeiros meses de 2019, com 10.314 unidades, representando 49,1% de participação no total exportado. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos, com 3.433 unidades e 16,3% de participação, seguidos pela Colômbia, com 2.595 unidades e 12,4% de participação.

Ainda de acordo com dados do Comex Stat, em junho a Argentina foi o principal destino das exportações com 55% de participação (1.528 unidades). A Austrália ficou em segundo lugar, com 14,8% (411 unidades) e os Estados Unidos na terceira colocação, com 14,4% (400 unidades).

DESEMPENHO POR CATEGORIA NO ATACADO

A Street foi a categoria de motocicleta mais vendida no Brasil no primeiro semestre de 2019, quando foram repassadas às concessionárias 265.249 unidades (50,2% de participação). Em segundo lugar ficou a Trail, com 102.570 unidades (19,4%); em terceiro, a Motoneta, com 80.411 unidades (15,2%); em quarto, a Scooter, com 45.890 unidades (8,7%), e em quinta posição a Naked, com 12.533 unidades (2,4%).

As posições foram mantidas no ranking que mostra o desempenho de vendas de junho: Street, com 51,2% de participação (36.938 unidades); Trail, 19,8% (14.257 unidades); Motoneta, 13,1% (9.426 unidades); Scooter, 9,1% (6.542 unidades) e Naked, 2,6% (1.869 unidades).

As características básicas das motocicletas de cada categoria são estas:

Street – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano.

Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado.

Motoneta – motociclo underbone, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático.

Scooter – Motociclo de câmbio automático ou semiautomático, concebido para privilegiar o conforto.

Naked – Motocicleta sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados. Semelhante a uma motocicleta versão “Sport” sem a carenagem.

Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.

Off-Road – Motocicleta de qualquer cilindrada destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.

Custom – Motocicleta caracterizada por sua vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de “estradeiras”, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.

Sport – Motocicletas de cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.

Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³.

Touring – Motocicletas usualmente de alta cilindrada concebidas para utilização em turismo e viagens de grandes distâncias.

DESEMPENHO DE SCOOTERS NO VAREJO

Os emplacamentos de motocicletas da categoria Scooter somaram 42.777 unidades no primeiro semestre do presente ano, o que corresponde a uma alta de 23,9% na comparação com o mesmo período de 2018 (34.523 unidades).

Na análise isolada de junho, o volume de vendas de Scooter no varejo foi de 7.195 unidades, representando um aumento de 34,6% em relação às 5.346 unidades licenciadas em junho de 2018. Na comparação com maio (9.113 unidades), houve um recuo de 21%.

ANUÁRIO ABRACICLO 2019

A Abraciclo lança neste mês o Anuário da Indústria Brasileira de Duas Rodas 2019. O tema desta edição é um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mostra e analisa os “Impactos, Efetividade e Oportunidades da Zona Franca de Manaus”.

O estudo contou com a participação de doutores, mestres e professores da Escola de Economia de São Paulo (EESP), da FGV, e coordenação do professor Márcio Holland de Brito, que já foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

De acordo com o estudo, a arrecadação do Amazonas tem acentuada participação no PIB (Produto Interno Bruto) do País e, além disso, a atividade industrial da Zona Franca de Manaus previne um alto nível de desmatamento na floresta Amazônica, pois evita a economia predatória.

Com cerca de 150 páginas, a edição de 2019 do Anuário da Abraciclo ainda traz dados de produção e comercialização detalhados, séries históricas e comparativos dos segmentos de motocicletas e bicicletas, além de informações atualizadas sobre o perfil dos condutores de veículos de duas rodas no Brasil. A edição completa estará disponível para download gratuito, nas versões em português e inglês, a partir do próximo dia 15, no site da Abraciclo (www.abraciclo.com.br).

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