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quinta-feira, março 28, 2024

Programas mostram redução no número de alunos atrasados em ano escolar e garantem economia de 74 mil

Mais de 14 mil alunos da rede municipal de Educação saíram da linha de “distorção escolar”, quando o estudante está mais de dois anos atrasado em relação ao ano de ensino. O índice foi divulgado pela coordenação do Instituto Ayrton Senna (IAS), que desenvolve os programas de correção de fluxo “Se Liga” e “Acelera Brasil” na rede municipal de ensino desde 2015.

Desde a implantação dos programas na rede, por meio da parceria com o IAS, foi registrada a redução de 6,4% no índice de distorção idade-ano.

Ao longo deste tempo, o instituto já esteve em 120 escolas com o “Se Liga”, que é o programa de alfabetização, para alunos que já passaram da idade de se alfabetizar e o “Acelera Brasil”, que atende estudantes já alfabetizados, mas que estão em distorção idade-ano.

Os alunos que participam dos programas têm aula no horário normal em que estão matriculados e participam de programas de reforço, no contraturno escolar, três vezes na semana. Esse reforço é por meio do “Para Saber Mais”, que atende estudantes do 3º, 4º e 5º ano, e o “Fórmula da Vitória”, com alunos do 6º e 7º anos.

Segundo a secretária da Semed, Kátia Schweickardt, a distorção é algo que precisa ser corrigido, visto que além do aluno ter um custo maior para rede, está em déficit de aprendizagem.

A secretária disse ainda que essa redução se deve ao empenho e comprometimento dos mais de 12 mil professores da rede, da equipe pedagógica que passou a trabalhar com metas de qualidade e numéricas, garantindo assim uma aprendizagem sólida, bem como a parceria junto ao Instituto Ayrton Senna. “Nós conseguimos trazer para os cofres públicos uma economia de mais R$ 74 milhões, porque o aluno distorcido custa quase o dobro do aluno que está em série normal.”

A gerente de projetos do Instituto, Rita Pulon, avalia que, nesses dois anos, a parceria com a secretaria tem sido positiva e que a rede tem conseguido reduzir o índice de distorção. “A criança precisa sair alfabetizada do 3º ano para que seja fechada a torneira de distorção.”

Para o segundo semestre do ano. a meta da secretaria é melhorar os resultados de 50 escolas. Segundo a coordenadora do IAS na Semed, Neuza Viana, para alcançar a meta é necessário que se faça um acompanhamento direto na leitura e escrita, de maneira simples e mais direta. “Buscou-se um norteamento para que possamos atender esses alunos com mais efetividade, acompanhado o desenvolvimento pedagógico que eles estão tendo.”

Um aluno com dois anos de distorção tem um custo de mais de R$ 5 mil para a secretaria, enquanto um aluno no ensino regular custa, aproximadamente R$ 2,6 mil. A correção de fluxo dos 14.544 alunos, nos últimos dois anos, representou uma economia de R$ 74,9 milhões.

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