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sexta-feira, março 29, 2024

Reitora da Ufam faz balanço da gestão em reunião da FIEAM

Reitora da Ufam apresenta ações realizadas de 2009 a 2014 e desafios para os próximos anos
Reitora da Ufam apresenta ações realizadas de 2009 a 2014 e desafios para os próximos anos

O estreitamento do diálogo da academia com a indústria foi saudado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, depois do balanço feito pela reitora da Universidade Federal do Amazonas, Márcia Perales, do seu primeiro mandato, iniciado em 2009, e os desafios do segundo, com término em 2017. A prestação de contas aconteceu nesta quinta-feira (21), na reunião de diretoria da FIEAM, com a presença de presidentes de sindicatos patronais e executivos do segmento industrial amazonense.

Recém-integrado ao Conselho Diretor da Ufam, como membro, Antonio Silva destacou a importância da gestão de Perales para esse estreitamento de diálogo da indústria com a Universidade Federal. “A reitora é visionária e a classe produtora vislumbra maior atendimento à demanda de formação universitária de nossa mão de obra com a ampliação e adequação de cursos voltados aos setores produtivos do Polo Industrial de Manaus”, disse Silva.

Márcia Perales revelou que em sua primeira gestão foram concluídas 36 obras que acompanharam o crescente orçamento da Universidade, que saiu de R$ 218 milhões em 2009 para R$ 501 milhões em 2014.

Atualmente, a reitora acompanha 12 obras em andamento, com destaque para o novo Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) que terá infraestrutura dez vezes maior, passando de 150 leitos, sendo dez de UTI, para 300 leitos, dos quais 30 serão de UTI, e ampliando os serviços oferecidos que até 2014 eram de clínica cirúrgica, médica e reabilitação, para também clínica oncológica, cirurgia bariátrica, e nutrição enteral e parenteral.

“Essa obra é importantíssima para nós, pois é um hospital-escola, onde são preparados médicos em 23 residências, além da residência multiprofissional. Tomamos a melhor decisão de não encerrar as atividades no local, optando em interditar apenas uma parte do hospital e desenvolver os serviços médicos na lateral. O mais interessante é que o nível de satisfação dos pacientes neste período adverso com obras, num ambiente apertado e barulho, ultrapassa os 85%”, ressaltou Márcia Perales, informando que a inauguração da primeira torre será em outubro.

De 11 desafios apresentados para os próximos anos, a reitora expôs o primeiro que trata do diálogo de forma mais qualificada com a sociedade. Segundo Perales, de 2009 a 2014, mais de 300 empresas dos diversos segmentos produtivos realizaram visita na Universidade no sentido de ampliar parcerias e com o propósito de transferir tecnologias e solucionar gargalos no processo produtivo.

“Demos passos importantes em nossa missão de contribuir com o desenvolvimento de pessoas, cidadãos e da região. Queremos continuar trabalhando, fazendo jus ao nosso maior patrimônio que é a Universidade Federal do Amazonas”, disse a reitora.

Demanda latente da indústria de Duas Rodas

O gerente de Recursos Humanos da Moto Honda da Amazônia, José Wilson Falcão, e o diretor da divisão administrativo-financeira da Yamaha Motor, Genoir Pierosan, representando o Polo de Duas Rodas do PIM apresentaram, durante a reunião, a carência de engenheiros mecânicos para o setor produtivo.

Falcão revelou que a Honda possui um custeio alto para buscar engenheiros fora do Estado e que a falta destes profissionais é antiga e pouco se fez para suprir essa demanda. Com 8.000 funcionários, a Honda emprega mais de 300 engenheiros.

“Discutimos muito a dificuldade quanto à contratação de engenheiros. Temos que buscar fora esse profissional e por isso somos criticados, mas vale ressaltar que abrimos oportunidades para engenheiros mecânicos locais, mas elas mão são supridas. Não queremos mais trazer pessoas de outros Estados para fazer nossa gestão, mas quantos engenheiros a Ufam formou nos últimos cinco anos?”, questionou Falcão.

O prefeito do Campus, Atlas Bacellar, informou que a primeira turma de engenharia mecânica formou neste ano apenas três engenheiros, mas o número não pode servir de parâmetro, já que a graduação de engenharia foi iniciada em 2010. A Ufam oferece a formação em oito áreas da engenharia: Produção, Mecânica, Petróleo e Gás, Ambiental, Computação, Materiais, Química, Nutrição e Sanitária.

Bacellar ressaltou que o plano neste momento é de consolidar os cursos de engenharias em Manaus, sabendo que na avaliação da qualidade do conteúdo pedagógico para o mercado, a Ufam foi bem pontuada pelo Ministério da Educação: alcançou 4 pontos numa pontuação de 1 a 5.

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