25.3 C
Manaus
quinta-feira, março 28, 2024

SAÚDE: Canais de denúncias de focos do Aedes agilizam combate

Apesar da força-tarefa realizada por órgãos de saúde em todo o país, o empenho da população continua sendo essencial no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, e a chikungunya e vírus zika. Além de eliminar os focos do mosquito dentro de casa, os moradores devem fazer denúncias de possíveis focos em terrenos baldios, casas abandonadas ou fechadas por muito tempo. Em Curitiba, no Paraná, as reclamações ultrapassaram três mil e trezentas ligações nos primeiros dois meses de 2016. As chamadas são pedidos de fiscalização dos agentes de saúde. No ano passado inteiro, foram 1.569 denúncias por meio da Central 156 e ouvidoria da prefeitura de cidade. Se o proprietário do imóvel for denunciado por mais de uma vez poderá ser multado. Os valores das autuações vão de duzentos reais até sete mil reais. A bióloga responsável pelo Programa Municipal e Controle da Dengue de Curitiba, Tatiana Robaina explica que antes de o morador acionar a fiscalização, é importante se certificar da real necessidade do contato. “Olhe a sua casa. Porque muitas vezes, o morador faz a denúncia do vizinho mas esqueceu de olhar que existe que existe o problema na sai residência também. Então, primeiramente que ele organize o seu espaço e em segundo momento que ele tente conversar com o seu vizinho. Muitas vezes é uma questão de conversa, de solidariedade. As vezes são pessoas de idade que tem mais dificuldade de organizar o seu terreno. Se isso não for o suficiente, daí sim fazer a denúncia”.

Tatiana reconhece o empenho da população mas ressalta que os moradores podem contribuir ainda mais no combate ao mosquito, cuidando da própria casa. “Nós temos muitas pessoas que aderiram, entenderam e que fazem o controle na sua casa, mas ainda tem um número aparentemente maior de pessoas que ainda não cuida da sua casa. Tem muita gente que às vezes não percebe ou não tem um olhar sobre o pratinho de planta que a gente fala. Chega lá na casa da pessoa e o pratinho ainda está no local. A pessoa não tem a percepção de que aquilo é de risco. São coisas, as vezes pequenas que fazem parte da rotina daquelas pessoas e que elas não conseguem enxergar como criadouro “
As solicitações são descentralizadas nos distritos sanitários e nas unidades de saúde da capital. O último boletim epidemiológico divulgado pelo Programa Municipal e Controle da Dengue de Curitiba na semana passada soma 287 casos confirmados de dengue, sendo 286 importados e um autóctone, ou seja, contraído na capital. São 29 casos de Zika, sendo 26 importados e três da própria cidade e quatro casos de chikungunya, todos contraídos em outras regiões. Em 2016, foram identificados 163 focos do mosquito no município. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, é o Centro de Zoonoses que recebe denúncias de focos do mosquito. A coordenadora do centro, Rosana Alexandre, frisa a importância das ligações. “A população nesse momento é uma grande parceria uma grande aliada nos informando desses respectivos locais que possam apresentar problemas com algum reservatório de água parada. Os moradores não estão exitando”.

Rosana lembra que, em Dourados, a lei garante o auxílio de um chaveiro para abrir casas fechadas. Se for uma residência a multa é de 400 reais por foco de mosquito, em caso de terreno baldio a multa aplicada é de 600 reais e se for indústria ou comércio em geral o valor sobe para 800 reais por foco. Para saber mais, acesse o site: combateaedes.saude.gov.br
Reportagem, Ana Paula Oliveira

spot_img

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui