Foi lançado na tarde desta segunda feira, dia 14, pelo Ministério da Saúde, o Protocolo de Atenção à Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Zika vírus. Esse protocolo será utilizado por profissionais de saúde dos sistemas público e privado no cuidado de mulheres em idade fértil, gestantes e de bebês com suspeita de microcefalia. Um dos principais pontos do protocolo,é a indicação de exames como a ecografia transfontanelar e da tomografia para os recém-nascidos com menos de 32 centímetros de perímetro cefálico.
O documento prevê que sejam distribuídos testes rápidos de gravidez, como forma de catalogar as gestantes para o pré-natal. Caso ocorram registros dos sintomas do Zika vírus, eles vão ser anotados na caderneta da gestante para acompanhamento.
De acordo com o Ministério da Saúde os bebes recém-nascidos com microcefalia vão receber estimulações até os três anos de idade, quando se completa o ciclo de desenvolvimento neurológico e cerebral da criança. O objetivo, segundo a pasta, é reduzir os danos das malformações.
A microcefalia é uma condição rara em que a cabeça e o cérebro do bebê apresentam tamanho menor do que o normal, o que acaba influenciando o desenvolvimento mental da criança. A doença pode ser diagnosticada ainda na gravidez, os médicos, através da ultrassonografia, conseguem medir o crânio do feto e perceber se ele está menor do que o esperado. No mês passado, o Ministério da Saúde confirmou que o vírus Zika é um dos causadores dessa condição. O vírus começou a circular no país este ano, principalmente na região Nordeste. Dados do Ministério da Saúde divulgados na semana passada mostram que o Brasil ja tem 1.248 casos suspeitos de microcefalia relacionada com o Zika.
Reportagem, João Paulo Machado
