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quinta-feira, março 28, 2024

Se não tratada a tempo, hérnia de disco pode causar perda de movimentos

A boa notícia é que ela pode ser reabsorvida sem a necessidade de cirurgia

Muitas vezes as pessoas não dão importância àquela dor nas costas que, num primeiro momento, parece inofensiva. Porém, ela pode ser resultado de uma hérnia de disco, problema causado por uma série de fatores como postura inadequada, desgaste dos ossos, sedentarismo, vibração ao andar em veículos automotores, carregamento de peso, entre outros e que, quando não tratada, pode causar dor extrema e incapacitação de membros. A enfermidade leva, em média, por ano, 300 mil pessoas à mesa de cirurgia.

De acordo com o neurocirurgião João Pinheiro Franco, a hérnia de disco ocorre quando uma parte do disco (constituído em sua maioria por líquido), que fica entre as vértebras da coluna, sai do espaço que lhe é pertinente. “Ao encostar no nervo, pode gerar substancial incômodo, inflamando-o e gerando dores crescentes e, o que é o pior, comprometendo a movimentação de algum membro, como perna, gerando dificuldade para a pessoa andar”, alerta.

Segundo o médico, quando bem indicada, a cirurgia de coluna e de nervos é um tratamento que melhora significativamente a qualidade de vida. “Mas nem sempre a cirurgia é a melhor indicação para aquele momento. Muitas vezes, a hérnia de disco pode ser reabsorvida sem necessidade de cirurgia”, alerta. De acordo com o neurocirurgião, dor nas costas, dor na perna e perda de movimentos são indicadores de possíveis problemas nos discos das vértebras, que começam a se degenerar a partir dos 30 anos de idade.

Segundo Dr. Pinheiro Franco, existe o momento certo para a cirurgia. “Por isso é importante que o paciente seja acompanhado por um neurocirurgião já que, se passar o tempo da intervenção, será mais trabalhoso para se corrigir o problema”.

O médico explica que os discos funcionam como amortecedores entre as vértebras e que, ao longo do tempo, vão secando, deteriorando-se e envelhecendo. “Eles nos ajudam na absorção de impacto e na movimentação. Se soubermos como cuidar deles, fazendo exercícios físicos regulares, tendo uma boa postura, hidratando-se bem, não carregando peso, entre outros aspectos, conseguimos aumentar a vida útil dos discos lombares e, com isso, a boa saúde da espinha dorsal”, finaliza o neurocirurgião João Luiz Pinheiro Franco.

Dr. João Pinheiro Franco lançou, recentemente, em Chicago, durante o Congresso Norte-Americano de Coluna, o seu livro de 825 páginas denominado “Advanced Concepts in Lumbar Degenerative Disk Disease”, que reúne os mais respeitados neurocirurgiões do mundo, os quais discutem, em detalhes e com rigor científico – em textos e ilustrações – as doenças degenerativas dos discos lombares.

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