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quinta-feira, março 28, 2024

Serafim lembra os 21 anos do Real e fala dos riscos de desabastecimento por conta da greve da SUFRAMA

Ao discursar na tribuna na manhã desta terça-feira, 30 de junho de 2015, Serafim Corrêa começou parabenizando o Boi Caprichoso pela vitória no Festival de Parintins deste ano e disse que , apesar de torcer pelo Garantido, respeita a vitória. “Agora é preparar tudo para o ano que vem e tentar o campeonato em 2016. Mais importante do que ganhar, é aceitar tanto a vitória quanto a derrota”, destacou.

Em seguida, o deputado lembrou a criação do Real, que está completando 21 anos. A moeda começou a circular no dia 01 de julho de 1994. “Hoje, embora não exista uma única linha, nem na imprensa nacional nem na local, até porque “bocado comido, bocado esquecido”, são 21 anos de Plano Real, que trouxe a estabilidade da nossa moeda. Bom dizer que essa não foi a obra de apenas um político e um governo, mas sim da sociedade. “O Brasil convivia com uma inflação de 3 e até 4 dígitos anuais e num determinado momento, após várias tentativas, que vem antes dos planos Collor, Sarney, Cruzado, Bresser e Plano Verão, onde fomos acumulando insucessos, surgiu o Plano Real. Com ele, sob o comando do saudoso Itamar Franco, que teve a sabedoria e sensibilidade de buscar um homem da estirpe de Fernando Henrique Cardoso, para comandar o processo, alcançamos êxito. Ele foi muito importante e nós temos a estabilidade da moeda. Hoje, no entanto, essa estabilidade é ameaçada, pela insensatez de quem descumpriu metas , de quem para se reeleger , fez tudo o que não devia e, em parte, daqueles que embora tenham sido importantes na construção do Plano Real, adotam o discurso que era exclusivo do PT, do quanto pior melhor. Que a sensatez volte para que não comecemos a corroer a estabilidade da moeda. Nós que somos mais antigos, sabemos o quanto é ruim conviver com a inflação. A estabilidade é o céu, comparado ao inferno que foi aquela inflação. Registro e homenageio os que construíram o plano real, desde o Sarney até o Itamar”, reiterou Serafim.

No último ponto abordado no pequeno expediente, o deputado falou sobre a visível empolgação de alguns deputados estaduais e federais, em relação a ampliação dos limites de atuação da Zona Franca de Manaus, e foi enfático: “Ontem eu vi aqui alguma empolgação, durante a sessão da Câmara Itinerante, por parte de alguns deputados estaduais e federais, em torno dos limites da ampliação da zona franca. Eu montei um trabalho, que vem sendo apresentado por mim nas universidades, onde comprovo que esse é um movimento de marketing e que foi criado lá atrás, pelo governo estadual,e que o governo federal pegou também como estratégia de marketing e avançou, mas que não se sustenta. Isso é contra o Amazonas, contra a ZFM, é um equivoco. Vou imprimir o material e enviar aos 23 colegas deputados estaduais, aos 8 federais e aos 3 senadores, pedindo que eles leiam as 26 telas que fazem parte do estudo, para mostrar o equívoco que é ampliar os limites da zona franca de Manaus. A cidade de Rio Preto da Eva , por exemplo, está no coração da zona franca, na área metropolitana de Manaus, e não atraiu nenhum indústria até hoje. Será mesmo que ampliar os limites vai levar alguma indústria para Itacoatiara? Acredito que não”, concluiu.

Serafim encerrou a manhã numa solenidade no Palácio do Governo onde o Governador José Melo sancionou o Plano Estadual de Educação, o Programa Governamental “Todos Pela Vida-Educação” e a Lei de Licenciamento Ambiental. Ao final do discurso, Melo alertou para as consequências da crise e sobre a greve da SUFRAMA, afirmando que a arrecadação sofreu uma queda de 8% e que pode haver desabastecimento de produtos básicos no Amazonas. Para Serafim, os reflexos já estão sendo sentidos. “ A mercadoria estrangeira é controlada pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), pela Secretaria da Receita Federal, SEFAZ e SUFRAMA. Já as nacionais são controladas pela Secretaria da Receita Federal, SEFAZ e Suframa. Não tem sentido, e não é por conta da greve, é irracional que 4 repartições, no caso da mercadoria importadora, e 3 no caso da mercadoria nacional, façam o mesmo controle. Ou seja, uma fica desconfiando da outra? Isso não pode acontecer. Esse é um ponto que há muitos anos eu questiono, da falta da necessidade de uma fazer o que a outra já faz. O desabastecimento já pode ser sentido pela população. A solução disso tudo será a derrubada do veto, na noite de hoje. Mas eu acho que a cidade, o estado e os outros quatro estados que se beneficiam da Zona Franca, não podem ficar sofrendo com essa situação”, alertou.

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