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terça-feira, abril 16, 2024

Socialite acusada de mandar matar rival no AM vai a júri popular em junho

Adneison Severiano
Do G1 AM

A socialite Marcelaine dos Santos Schumann, que é acusada de encomendar a morte da bacharel em Direto Denise Silva, será julgada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) no dia 1º de junho. Além da socialite, cinco pessoas suspeitas de participação na tentativa de homicídio também irão a júri popular, em Manaus.
Segundo o juiz Mauro Antony, titular 3º Vara do Tribunal do Júri, todos os seis envolvidos serão julgados pelo Tribunal do Júri no dia 1º. O magistrado disse que aguarda laudo pericial do Instituto de Criminalística (IC), mas que o julgamento será mantido mesmo se o documento não for entregue a tempo.

“Estamos aguardando o laudo do bilhete, mas isso não vai atrapalhar a realização do julgamento”, afirmou Antony.

Marcelaine permanece presa no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), na capital. A socialite é apontada como mandante da tentativa de homicídio de Denise Silva. Além da socialite será julgado Rafael Leal dos Santos, de 25 anos. Conhecido como “Salsicha”, ele é apontado como o atirador. Rafael foi preso na casa do avô na cidade de Anori, a 234 km de Manaus.

Depois de ser preso, Rafael confessou a tentativa de homicídio e apontou a participação de outras duas pessoas no crime: Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, de 27 anos, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, de 22 anos, que intermediou o aluguel da arma usada no crime. Os dois também estarão no banco dos réus.

O vigilante Edney Costa Gomes, de 26 anos, que também chegou ser preso por suposto envolvimento no crime também será julgado. Ele teria sido o responsável por indicar e fornecer contatos de “Mac Donald”, primo dele, e de Rafael Santos (autor dos disparos).

De acordo com a polícia, Edney foi procurado por um vigilante identificado apenas como “Itaituba”, que era colega de faculdade da socialite para cometer o crime. Edney alegou ter recusado uma proposta de R$ 6.500 por medo. “Itaituba” também será julgado com demais acusados.

Entenda o caso

A universitária Denise Silva foi baleada no dia 12 de novembro de 2014 no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus.

O atirador disparou três vezes contra o carro em que ela estava. Dois tiros atingiram a vítima. A ação foi registrada pelo circuito de vigilância do estabelecimento.

Ela foi levada para o Hospital 28 de Agosto e depois transferida para uma unidade de saúde particular da capital. A mulher recebeu alta dois dias após o crime.

“A mandante criou na cabeça dela que o namorado estava tendo um caso com a Denise. Ela ofereceu R$ 7 mil para o executor matar ou aleijar a vítima, mas eles receberam apenas R$ 4 mil”, disse o delegado Paulo Martins, então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), logo após a prisão de três pessoas envolvidas no crime.

Viagem para exterior

Segundo a Polícia Civil, no dia em que o crime ocorreu, Marcelaine, que é casada com um empresário, viajou para o exterior. Ela retornou à capital do Amazonas no dia 5 de janeiro de 2015 e foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.

Dez dias depois de voltar a Manaus, Marcelaine foi ouvida pela Polícia Civil. No depoimento, ela negou o crime, mas foi indiciada. De acordo com a polícia, a intenção da socialite era matar ou “aleijar” a vítima. A motivação da tentativa de assassinato seria ciúmes do empresário Marcos Souto, apontado como pivô do crime e suposto amante da socialite.

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