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quinta-feira, março 28, 2024

Susam avalia retomada de obras do Hospital de Manacapuru paralisadas na gestão passada

Em continuidade às inspeções realizadas pela nova gestão da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) no interior, o titular da Secretaria Executiva Adjunta de Atenção Especializada ao Interior (SEA-Interior), Cássio Roberto do Espírito Santo, esteve, na terça-feira (29/01), no Hospital Geral Lázaro Reis (HGLR), em Manacapuru, distante 68 km de Manaus, para avaliar as condições da unidade. Foi verificado pelo secretário que o hospital enfrenta problemas de estrutura, enquanto as obras de reforma e ampliação, frutos de um convênio entre o Estado e o Município, estão paralisadas, desde o ano passado.

Segundo Cássio, a visita também foi para fiscalizar as obras do convênio de R$ 8 milhões com a prefeitura. “Teve um convênio para obras de reforma e ampliação, mas, em virtude do período eleitoral, as obras foram paralisadas na gestão passada e agora precisam ser retomadas”, disse o secretário.

O próximo passo, segundo ele, é alinhar com a prefeitura sobre o que pode ser feito nesse sentido. “Vamos ver se adequamos e continuamos as obras, ou se faremos um novo hospital. Vamos levantar as prioridades, em curto, médio e longo prazo, reavaliar a situação atual e os investimentos que precisam ser feitos para que a saúde funcione plenamente em Manacapuru”.

No hospital são oferecidos serviços de atenção básica de urgência e emergência, consultas com pediatras e outros especialistas. Manacapuru é polo de saúde e o hospital atende não só os habitantes do município, mas também moradores de municípios vizinhos, como Beruri, Anori, Fonte Boa, Caapiranga e Anamã.

De acordo com o secretário da SEA/Interior, a estrutura em funcionamento hoje não é adequada para atender a demanda da população. “A gente viu que a estrutura física da unidade está muito comprometida. As obras, que antes já foram inauguradas, hoje estão abandonadas”.

No levantamento de necessidades consta ainda a falta de pintura nas paredes de toda a unidade, goteiras nos telhados, número de leitos insuficientes, macas enferrujadas que ocupam os corredores e falta de cadeiras de espera para os acompanhantes. Em relação ao fornecimento de remédios, a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) está normalizando o fluxo de abastecimento do hospital.

O quadro de servidores conta com 266 funcionários da Susam e 243 funcionários da Prefeitura de Manacapuru. O hospital tem sete médicos especialistas e nove médicos gerais, e apenas um centro cirúrgico, dos dois existentes na unidade, está em funcionamento.

De acordo com a diretora do Hospital Geral de Manacapuru, Jayssa Martins Vasconcelos, que assumiu a administração há dois meses, mais um problema que merece atenção especial é a obra que foi interrompida no começo das eleições do último ano. “O nosso corpo de funcionários é pequeno para atender com dignidade a população. No projeto da reforma, a proposta é construir uma área exclusiva para atendimentos de urgência e emergência, um necrotério, e a adequação do prédio da maternidade. Mas outras áreas da unidade precisam passar por manutenção preventiva.”

Enquanto visitava a obra, o titular da SEA/Interior constatou o abandono das salas e encontrou aparelhos de informática inutilizados e equipamentos médicos deteriorados. As máquinas da lavanderia ainda são as mesmas desde a inauguração do hospital, ou seja, equipamentos antigos e de difícil manutenção.

Municipalização – Por conta da municipalização, a gestão do hospital é de responsabilidade da prefeitura, que recebe recursos para investimento direto do Ministério da Saúde, e a função do Estado é monitorar a apoiar na prestação do serviço de saúde à população.

Relatório – O próximo passo do titular da SEA Interior será a entrega de um relatório para o secretário de Saúde de Manacapuru, Edivaldo da Silva, com as falhas apuradas durante inspeção para discutir a forma que a Susam poderá atuar, a fim de diminuir as dificuldades do Hospital.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/SUSAM

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