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quinta-feira, março 28, 2024

Urgente – Amazonas confirma mais de mil novos casos de sarampo no interior. Manacapuru lidera

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), órgão da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), divulgou nesta terça-feira (21/08) a 22ª edição do Boletim Epidemiológico do Surto de Sarampo no Amazonas. Conforme o boletim, o Estado tem 7.912 casos notificados da doença, distribuídos em 41 municípios. São 1.087 casos confirmados de sarampo, sendo 762 em Manaus, 187 em Manacapuru e 138 casos nos seguintes municípios: Itacoatiara (44), Autazes (21), Parintins (20), Iranduba (16), Rio Preto da Eva (13), Novo Airão (11), Presidente Figueiredo (10) e Tapauá (03).

Os municípios com o maior número de notificações são Manaus, com 6.423 casos e Manacapuru com 876. Itacoatiara tem 97 casos notificados, Iranduba tem 60, Parintins tem 56, Rio Preto da Eva tem 42, Manaquiri tem 38, Autazes tem 45 e Coari tem 27. De acordo com o boletim da FVS, foram registrados três óbitos relacionados ao sarampo no Estado, sendo dois de Manaus e um de Autazes, todos em crianças menores de um ano, público-alvo da campanha de vacinação que está em andamento – a partir de seis meses a menores de cinco anos.

A Campanha Nacional de Vacinação contra Sarampo e Poliomielite, segue até 31 de agosto no Estado, sob a responsabilidade das Prefeituras municipais. O resultado parcial no Amazonas mostra que, até o momento, foram vacinados, contra o sarampo, 70,71% do público-alvo, correspondendo a 215.603 crianças. Para poliomielite, a cobertura é de 49,48%, ou seja, 150.857 crianças imunizadas. A cobertura da vacina contra o sarampo é maior, porque Manaus antecipou a campanha, desde abril, em função do surto na cidade.

O diretor presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque, informa que todos os casos suspeitos tiveram inicialmente a sua confirmação pelo critério laboratorial, através da sorologia pela detecção de IgM e/ou biologia molecular (PCR). “Está definida a circulação viral em cada um destes oito municípios, portanto, a partir de agora, a confirmação dos casos passa a ser também pelo critério clínico-epidemiológico ou clínico, ficando sob responsabilidade da vigilância epidemiológica “, explica o diretor.

Bernardino, que está em Parintins em ações relacionadas ao combate à doença, diz que a confirmação dos casos não interfere na tomada de ação. Todos os pacientes que apresentam os critérios clínicos da doença são inseridos no protocolo para casos positivos, antes mesmo da confirmação. “A FVS está com técnicos visitando esses municípios, principalmente, na intensificação da vacinação, que é a única ferramenta efetiva para o controle da doença. No entanto, a baixa procura aos postos de saúde impende a contenção da doença”, esclarece.

O sarampo, segundo Bernardino Albuquerque, é uma doença extremamente contagiosa e o seu período longo de incubação proporciona o maior tempo de exposição das pessoas ao vírus. “Além das notificações, temos registros de óbitos e tudo isso poderia ter sido evitado com a imunização”, observa.

Ações de combate – A FVS, que é responsável pela distribuição de vacinas no Estado, informa que todos os municípios estão abastecidos. O órgão também atua na capacitação técnica dos profissionais. No período de 14 a 18 de agosto, sete técnicos de vigilância epidemiológica da FVS e quatro da Organização Pan Americana (OPAS) realizaram Capacitação de Vigilância em Saúde para Resposta Rápida para Surto de Sarampo no Amazonas, para profissionais de saúde, em sete municípios-sede. Durante o período, foram treinados cerca de 166 profissionais, com a participação de representantes de 22 municípios, para atuar no enfrentamento da doença.

Vacinação na escola – Em Manaus, segue a Campanha de Vacinação na Escola, para estudantes da rede estadual. Ao todo, cerca de 20.404 alunos foram imunizados contra o sarampo. Destes, 15.675 de escolas da zona norte, e 4.729 alunos da zona oeste. Até o momento, as equipes de imunização da FVS detectaram que, em média, cerca de 35% dos alunos das escolas estaduais estavam com as cadernetas atualizadas e, portanto, não havia necessidade de dose de reforço.

As equipes de imunização da campanha nas escolas contam com o reforço de acadêmicos finalistas voluntários da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro) e UniNilton Lins.

FOTO: ROBERTO CARLOS/SECOM

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